sábado, 29 de dezembro de 2007

Fui ver o mar....


Estou de saída..... abrindo os braços e respirando fundo para tudo de bom que acredito que se iniciará daquia a pouco, exatamente no dia 01/01/2008.


Vou ver o mar, pular as ondas.... resgatar energias para também pular as pedras do caminho...


E quando uma nova temporada das flores chegar, digam que eu fiz por merecê-la. Que a esperei ansiosamente, que fui boa menina....


Neste ano diferente, nada de listas com metas que nunca saem do papel, quando muito conseguem chegar até ele. Esse ano novinho que irei ganhar merece tratamento especial. Merece ser intensamente vivido, usufruido, despejado do nível dos sonhos...


Se nada mudar, podem ter certeza que o querer e o atuar sobre isso sempre estiveram presente nesses dias de pura esperança.


Abraços a quem me lê (Ultraviolet, Verônica, Borba, Lamar, Paulo....)

A vocês, o desejo de viver o que se merece ter.....


E quando ela voltar do mar, um mundo novo para lembrar.....


Letrinha do dia: "Que saudade, agora me aguarde, chegaram as tardes de sol a pino..."

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Quanto valem nossas tortas linhas?

Nessas minhas andanças, entenda-se bisbilhotice, por jardins além da minha cerca, descobri esse selo que informa quanto vale o seu blog. Curiosa como deve ser uma legítima sagitariana, fui submeter meu adorado brinquedo a avaliação do s
dito selo [será que é assim que se chamam essas coisas? dúvidas, muitas delas, de uma aprendiz de blogueira...].

Quando se espera pouco, todo pouco parece muito. Pelo valor que me deram, ainda não dá para eu vender meu blog e pagar as dívidas, mas até que me sair melhor do que imaginava.

Não sei se há outra descompensada e curiosa criatura como eu que irá aceitar esse desafio, mas a "brincadeira" acabou me chamando a atenção para o fato de que meu brinquedo possa estar avaliativo demais, desejosos demais por pareceres formais, visto que tb agreguei a ele uma espécie de votação para cada post....

Não quero o mar imenso, nem a terra sem fim. Meus excessos forão quase sempre fatais à minha integridade. Por hora, mesmo correndo o risco de ser demasiadamente avaliativa comigo e meus visitantes, fomentarei a discussão - por mais que seja no vácuo - para saber: Quanto vale o que você escreve para se comunicar, para se calar quando não vale a pena falar?

Bom, sei que meus trocados de +-$564,00 dolares valem muito mais do que se possa imaginar. Com diz Marina khel, o maior falo é a fala, ou aqui, a escrita!

E eu descobrir mais uma forma de ser possuidora do poder!

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Conto do meu natal


Brindo à casa, brindo à vida

Meus amores, minha família

Atire-me ao mar

Mar de gente

Onde eu mergulho sem receio

Mar de gente

Onde eu me sinto por inteiro

Eu acordo com uma ressaca guerra

Explode na cabeça

E me rendo a um milagroso dia

Essa é a luz que eu preciso

Luz que ilumina a cria e nos dá juízo

Voltar com a maré sem se distrair

Tristeza e pesar sem se entregar

Mal, mal vai passar

Mal vou me abalar

Esperando verdades de criança

Um momento bem comum

Voltar com a maré sem se distrair

Navegar é preciso senão a rotina te cansa

Tirsteza e pesar sem se entregar...


É assim. Gosto do Natal e sinto o tal clima natalino pairando ao redor. E mesmo depois de grande - e principalmente agora - começo me questionar se o papai noel não existe mesmo. Até eu fazer esta grande descoberta científica, espero que um dia o Natal seja como naqueles filmes americanos enlatados que eu da sessão da tarde . Em meio a neve e roupas de lã.


A letra da música me revela intensamente. Elas smepre me acessam aqui, é claro. Na noite passada, brindei a tudo isso. Brindei ao que tenho, ao que me tornei. Brindei aos tantos desejos que ainda se agitam dentro de mim. Eles hão de se realizar e dar lugar a outros tantos.


Sem dúvida, sou dada à tradição e aos ritus de passagem, embora eu tenha negado isso grande parte da minha vida. E só me frustrei. Tudo pra não fazer parte da já sabida burra unanimidade (será mesmo?). Mas Natal, ah o Natal, sempre foi meu momento preferido do ano (com excessão do Círio de Nazaré). Até hoje consegue me mobilizar de tal forma que me sinto novamente tomada pela ansiedade infantil dos velhos tempos. Agora, mas do que nunca, esses dias são felizes. Tenho meu herdeiro para contar fantasias, ensinar a rezar, decorar a árvore, transmitir minha tradição.


Por mais que isso seja piegas, vítima do capitalismo, exemplo da superficialidade das relações, eu desejo sim os elementos da magia natalina na minha vida, com excessão, é claro, das idas ao shoping, isso nunca. E um desses elementos quem me são tão caros é uma prace. Um tanto fora do meu tom habitual, não só por aqui mas na vida "real" também. Este desacelerar me refaz nos breves instantes em que rezo o Pai-nosso de mãos dadas com minha família, logo após a meia-noite. Então, por que não rezar sempre? por que não tocá-los com mais freqüência? Por que deixar toda essa espectativa e êxtase para se realizar apenas uma vez por ano? Não sei responder. Quem sabe daqui há alguns anos de terapia? Mas de certo, isso me reenergiza, paraliza o turbilhão de emoções que me atravessa e gira eu planeta em outra rotação. Especialmente neste ano, pude refletir o quanto temos. Nós sentimos. Nem mesmo as brigas e intolerâncias do dia-a-dia poderam ofuscar isso. Temos força, amor, ímpeto, união. Temos uns aos outros embora isso, algumas vezes, possa ser insuportável.


Eu preciso mesmo dessa luz que me aquece. Preciso encontrar a certa medida para essa luz não me queimar também. Acima de tudo, é preciso navergar por mundos e os meus mundos, mesmo que que isso não seja preciso. Pessoas, relações, o que me é externo não tem manual de instruções. Não me poupam se eu não me poupar.


Olhar os que vieram de nós, os que nos eternizam, me fez lembrar qaundo tudo era só brincar. Quando nossa felicidade nesse dia apenas dependia do Bom Velhinho. E rimos, brincamos e carregamos as crianças no colo. As fizemos felizes, como fomos um dia desses. Esqueci tudo o que não responde ao meu modelo perfeito demais de felicidade. Do modelo quase sempre "vou-ser-feliz-amanhã". Foi rápido, um pouco apressado, mas estivemos juntos, e isso continua a importar. Não é isso que se quer no Natal... de todos os dias?


Feliz Natal pra você!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Reavaliando as amarras

Nesta semana, mas uma vez me permitir, a muito custo, confessar o inconfessável. Contactar com o que mais me desestabiliza...
Eu estava lá na sala-útero, diante de um olhar capaz de ler minhas entranhas e os segredos que mantenho de mim mesma. Diante da clareza que o outro lança sobre mim, não pude negar que o caminhar só não anda tão sozinho assim. E o tiro de misericórdia ficou por minha conta. Será que realmente estou me desamarrando do passado ou tudo isso nada mais é do que uma forma sutil e escamoteada de permanecer engedrada num conjunto de mentiras que só me fizeram sofrer?

Eu te peço socorro, Mônica. Dai-me discernimento e tolerância a dor para, em definitivo, me desfazer do que não me cabe mais.

Parece-me que não atribuo relevância ao que de mais complexo há na minha existência. Só exagero ou lanço aumento sobre o que suporto resolver. Mas não quero achar que mais uma vez me deixei enganar por esse funcionamento capenga. Eu só preciso de um tanto assim de compreensão do que me escapa os sentidos. Só um pouco de clareza sobre o nós que fomos um dia já garantiria minha sanidade.
Meu doce devaneio é apenas querer que ele deixe de existir por onde me refugiu, me anunciu. Mas sei bem que isso nunca acontecerá... até eu atuar firmemente para tal. Mesmo exercicitando a auto-leitura, o pesar não tem me abandonado. A dor quase sempre foi meu caminho preferido para o desenvolvimento...
Aos que não me acompanham nos ir e vir de mim. Não me lêm com a precisão que também me falta. Explico:
Esbravejo aqui minha urgência em não ser mais sua presa, Passado. Da urgência de novamente ser feliz e livre para o reencontro com a mansidão, completude ou qualquer coisa assim. De não ser mais um joguete nas mãos de quem não amo. De me desamarrar do que me aprisiona, me envergonha, me humilha. Humilhou.

Quero traçar um mapa dos passos que dei para me perder em ti. Não vou dá-los novamente. Quero vigiar - e por que não orar? - para entender as escolhas que brotam em mim. Só assim, terei feito o dever de casa. Aprenderei a dizer não aos meus fantasmas e as relações que eles tendem a buscar. Não quero mais voltar a este lugar que luto por deixar agora. Nem com você, nem com niguém. Quero deixar tudo num futuro passado longíquo. Sou mesmo de muitos quereres.

É porque saber o que causa o meu adoecimento me dá maiores chances de cura. Este é o processo de retomada de mim. Meu empoderamento. Eu nunca disse que seria fácil ou prescindia de retraimentos.... seguindos de expansões.



Letrinha do dia: " Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida. Nós na batida no embalo da rede. Matando a sede na saliva...Ser teu pão ser tua comida, todo amor que houver nessa vida e algum trocado pra dá garantia... e algum veneno anti monotonia .. e algum remédio pra dá alegria..."
Em homenagem a uma amiga querida que também me disse desejar uma certa tranquilidade pra tentar ser feliz!!!
Força Mazane!

domingo, 9 de dezembro de 2007

O que você vai ser, quando você crescer?

Minha última postagem aqui, foi na véspera do meu aniversário de 31 anos. De lá pra cá, a vida anda corrida como nunca, e o grande post que eu iria me dar de presente acabou não saído do nível do desejo. Como eu não deixo meus conteúdos inconsciente terem paz, acabei tomando essa minha "falta de tempo" para escrever como uma resistência em falar sobre a idade nova.
Por aqui, entre os amigos reais e familiares, essa minha caricata não aceitação da idade madura - e o seu despencar das coisas - já até virou piada, arranca até risadas. Se psicologia não me render metais, quem sabe me aventurar pelo mundo circense?
Mas não sou de revelar todas as regras do meu jogo e neste caso, não assumo a todos - ou a qualquer um - que de fato, estou pouco satisfeita comigo sim, aqui dos meus 30 e poucos anos. E não apenas no que se refere à perda de colágeno. Sinto que não otimizei o tempo, as oprtunidades, o meu conhecimento.
Talvéz, essa insatisfação esteja relacionada com meu nível de exigência, até na hora de fantasiar. Lembro de como era na minha infância. Flashback, por favor.
Invariavelmente, minhas brincadeiras de guriazinha eram ambietadas num lindo e aconchegante apartamento com almofadas no chão de uma sala com piso em dois níveis. Minha porção Canabrava já dava o ar de sua graça, pois nessa sala, também havia um bar com lindas taças coloridas. Recordo que, dentre os brinquedos que eu pedia para meu pai, estavam os ditos copinhos que imitavam taças de sandae, para que eu podesse colocá-las no "bar" da minha casinha. Acho que bar dava um certo requinte a minha propriedade pueril.


Bom, ainda não tenho esse apartamento com decoração demodé. Não tenho a estabiliade e independência financeira que eu tanto fantasiei nas tardes de brincadeiras solitárias. É verdade, não tenho muitas coisas com as quais sonhei, e que eram prerrogativas só dos bem adultos - e na minha comprenssão infantil esse estado adultíssimo se dava a partir dos 20 anos.


Hoje, com a idade em que pensava já estar a meio caminho do meu primeiro milhão, continuo pegando ônibus lotado - o que me faz desistir de meus saltos altos. Contínuo contando moedas para fazer as estripulhias de fim-de-semana. Tenho que me programar para, às duras penas, pagar os gastos fixos no fim do mês. Continuo lisa e longe, muito longe do pote de ouro no fim do arco-íris.


Embora eu tenha que me haver com essa grande descompensação entre o sonhado e o realizado, preciso reconhecer que vivi momentos ímpares, e digo isso com muita surpresa, pois tenho a nítida sensação que a mulher adulta sempre habitou o corpo e os olhos daquela menina que construia com seus travesseiros a sala da casa dos seu sonhos. Mesmo odiando as rugas que já se anunciam no meu rosto, os quilos que ficam cada vez mais resistentes em me deixar. Mesmo com tantos sonhos ainda por realizar e a clareza que alguns perderam seu poder de nortear minha existência, compreendo que estou mais proxima da calmaria que meu coração merece e da realização pessoal que eu mereço. Mais do que estive nos 30 anos, no mês passado ou ontem a noite.


Meu jantar de aniversário veio confirmar esse sentimento de respeito por tudo que já realizei até aqui, e que por tantas vezes pareceu pequeno aos meus olhos. Novos amigos, novos motivos para rir, felicidade ao redor, a família se divertindo em torno de nós, de mim e minha irmã, também aniversariante. No final da noite, antes de adormecer, mais uma razão para ficar contente. A pessoa mais querida pelo meu coração estava dormindo nos meus braços. Eu senti seu cheirinho gostoso de lavanda, a pele macia e no semblante um quase riso. O outrora sonhado apartamento com almofadas no chão, agora também terá um quarto colorido para meu herdeiro fantasiar, com um dia eu fiz, com seus anos por vir.


E o melhor do que já passou foi o que nunca fui capaz de prever. O que não pude ou não quis controlar.


Letrinha do dia: "Esteja sempre perto, sempre longe dos covardes. O errado e o certo, para ter raiva e piedade... te levo pela mão. E o viajar já é mais do que a viagem"

sábado, 1 de dezembro de 2007

Dissimulação


E a televisão, mesmo de gosto tão duvidoso, anda me fazendo repensar sobre minhas escolhas, ou a repetição delas....

Como toda boa oitentista, eu cantarolei e muito a música Sonho de Ícaro. "Voar, voar, subir, subir..." E eu amei um amor inocente, puro e desmedido por um homem bem mais velho ao som do Byafra. Ai, como o amor era coisa de Platão, resolvi transferir todo meu querer para ninguém menos do que aquele que embalava meus ansêios, o próprio Byafra....rs

Riam todos. Eu também rir de mim ao me lembrar disso hoje, em frente a caixa mágica. Ele com aquele jeito meigo demais, voz aguda demais, trejeitos românticos demais era tudo o que eu desjeava ver no Cassino do Chacrinha [fazendo jús ao meus 31 anos vindouros]. E me veio o fato que desde muito cedo me rendi aos encantos dos homens delicados. O que será que essa escolha escondia?

Fazendo um retrospecto, percebi que o meu tal encantamento percorreu caminhos andrôginos também alcançou os assumidamente proibidos pra mim. Me lembrei de uma fala do meu cunhado: Por que tu só assistes filme de gays??? hahaha

Ele na sua santa ignorância de quem não sabe da existência de Almodovar ou Win Wenders me fez refletir. No que a dissimulação do ser diferente do que se é me fascina?

Ao certo, posso dizer que a possibilidade deste ser um post de uma homossexual inrustida, admitindo sua "escandalosa" orientação é ínfima. Não que eu seja um ser perfeito que não nutra preconceitos ou demasiadamente aberta para qualquer esperimentação, não é isso infelizmente. Mas posso dizer, com conhecimento de causa, que o diferente de mim me atrai. A possibilidade de completude e o preenchimento pleno que o outro gênero pode me oferecer me fascina. Sim, a representação do falo é perfeita aos meus olhos... embora tenham cruzado o meu caminho mulheres extremamente encantadoras dignas de alguns desejos, essas não forão suficientemente - ou por muito tmepo - aptas em aprisionar meus interesses.

Quem sabe a explicação para isso tudo já não tenha sido dita.

Dissimular é exercitar a atenção do outro. E também exercitar o poder que se possa infligir ao outro. Nos torna hipnotizantes, enigmáticos, bem-sucedidos, felizes, plenos... se todo processo tiver êxito e adesão daquele que se deseja atingir.

Eu já dissimulei paixão, dissimulei prazer e disso não me orgulho. Às vezes até dissimulo felicidade, contentamento e paixão novamente. E dissimular me fez sobreviver enquanto o desejado não chegava. Disso me orgulho, pois foi assim que me fiz mais forte, mais resistênte, mas certa do que quero, ou do que não quero.

Neste instante, a dissimulação da comunicação com alguém que me acalenta, me suporta "falar" tanto, como talvéz nenhuma comunicação real fosse capaz, acaba por me tornar um ser melhor, pois me vejo materializar em linhas e frases, em defeitos e belezas. Ao mesmo tempo, me leva a exercitar a outra cara posição:a escuta.

Ouça-me. Fale-me
Possua-me. Te possuu-o.