sábado, 12 de abril de 2008

Triangulos. Ou 'Hora de Voltar'?

"Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Ou quando começa: certo susto na boca do estômago. Como o carrinho da montanha-russa, naquele momento lá no alto, justo antes de despencar em direção. Em direção do quê?"


Caio Fernado Abeu








Sempre espero pela gota que parece ser a que encherá o copo. Mesmo esperando, quase sempre trasnbordo-o na hora errada, ou, pela causa errada. Estando etílica demais, sou períta em criar tormentas em cálices. Porque as lágrimas verteram, e elas realmente verteram, não sei ao certo, mas ando tão cansada dos caminhos nos quais meu coração se perdem, tão cansada da impressão de que é sepre o mesmo atalho errado que escolho que chorar foi até compreensivel e acertado.


Valeria um pouco mais de emoção nesta vida desbotada, se ela for semelhante as incostâncias e incertezas do passado?
É, ao pedir aos céus que realize seus desejos, certifique-se das intrepretações possíveis para sua frase silenciosa.


Antes de sentar aqui e me rasgar o peito um pouco mais, ou só por isso, li uma frase, que minha culpa me fez deduziar q seja direcionada a mim - "chega de dúvidas. incertezas até quando?" - e que inevitavelmente me fez pensar o quanto cruel - e belo só no cinema ou no blog alheio - podem ser nossos desencontros amorosos; o desejar quem não te deseja; querer quem não te vê, ou pior, que só vê outro alguem.


Tive, continuo tendo, medo, muito medo de que esta noite tenha sido um grande sinal do destino: - Ai, você processegue ou desce nessa estação, novamente?


Quando já não tinha esperanças de receber uma ligação, quando já não tinha mas medo de sua aproximação nem tampouco dúvidas de que o melhor é não retomar velhos sonhos... eu me surpreendi.





Há homens que me arrebatam sem que eu possa lutar contra, me deixam em suspensão, só a esperá-los, que me seduzem por serem indecifráveis.
Há palavras que nunca deveriam ter nascido para presentear o outro.
E eles, cada um a seu modo, zanzam ora em minha mente, ora em coração...
Mas, resumo dá ópera: quem tem dois, não tem ninguém.
E continuo invicta!!!




Letrinha do dia: "Não perca o tempo assim contando estória, pra que forçar tanto a memória pra dizer que a triste hora do fim se faz notória, e continuar a trajetória é retroceder..."



sábado, 5 de abril de 2008

Do que me proporcionei

-Sabe o que o dinheiro pode comprar ?
Sorrisos, piadas, falas desgovernadas que não dizem nada. Beijos, pegada e pseudo-tesão.
Mentiras sinceras, meias-verdades e vulnerabilidade.
Carinho, língua, mordidas. Besteiras, tédio e sono perdido.

Meu mundo por seu silêncio. Meu ar por suas mãos. Meu tesão por sua ereção.



Muito dito. Muito gargalhado. E continuamos na superficialidade. O que eu quero?
Bom, isso é tão complexo e ao mesmo tempo simples de responder, mas ainda não descarto ser o desejo de ter alguém - aparentemente sempre disponível - para, vez por outra, beber, tagarelar e ainda beijar (comer também deve estar nesta lista de meu quase-livro de cabeceira).
De certo, não podemos mudar. Não podemos me dar. E onde se para assim?
Quem sabe, numa sala de atendimento, desafiando a ordem e os bons costumes, em prol de nosso prazer. Não posso perder de vista a possibilidade de descapitalização. De demissão.

Até quando brincar é só brincar?
Até quando se pode sair ileso?
Até quando a brevidade me seduzirá?
Até quando - e por que - continuarei querendo?




Eu que só queria ter com o que me destrair nas madrugadas escuras, silencioasas e tão reveladoras de mim, ontem me recusei a ofertar a você, mais alguns instantes do meu pensar. Quem sabe assim, minha integridade possa ser preservada. Se ela ainda existir.