domingo, 16 de agosto de 2009

Ponto Final




Partir andar.

Eis que chega essa velha hora tão sonhada

Nas noites de velas acessas. No clarear da madrugada

Só uma estrela anunciando o fim. Sobre o mar, sobre a calçada

E nada mais te prende aqui.

Dinheiro, grades ou palavras


Partir andar. Eis que chega

Não há como deter a alvorada

Pra dizer, um bilhete sobre a mesa

Pra se mandar, o pé na estrada

Tantas mentiras e no fim

Faltava sempre só uma palavra

Faltava quase sempre um sim

Agora já não falta nada


Eu não quis te fazer infeliz

Não quis

De tanto não querer, talvez quis


pouco mais de 30 dias, meu mundo foi colocado a prova com tanta intensidade que nem eu mesma poderia supor. Logo eu que sempre tive relacionamentos longuissimos, me retirei com muito pesar de uma relação tão prematura.


Com essa mesma semente repleta de tanto por vir redescobri como é bom se permitir a ser cortejada. Que o prazer está mesmo nos meios, muito mais do que nos fins. Nos risos expontaneos e largos, nas horas ao telefone durante as madrugadas, do carinho e cortesias que se anteciparam ao beijo. No caminho ao gozo persseguido. Em um mês fui feliz e senti. O adormecer já não estava por aqui.


E mesmo pra mim que especialmente vivo sobre idealizações, não admitir que nem tudo foram rosas é desconsiderar o poder de crescer que esses dias me trouxeram. Dos espinhos grandiosos que eu mesma cultivei pra mim, fiz a partida para o melhor e o pior de te-lo encontrado justamente agora. Há quem se ressinta com o investimento financeiro, há quem só pense no proposito Superior.


Mas são as feridas de guerra que me conferiram as honras nos dias de paz. Eu me vi, me escolhi e não me omiti como tantas vezes fiz no passado. Se as diferenças garantem atrações, já ficou provado que pelo meu Mundo Distante elas jamais conseguiram a manuntenção desse interesse.

Agora ando me preparando para desligar os botões que me ligam a ele e ao seu dia-a-dia. Das dores nas costas à peleja com o autocad. Preciso também desligar o desejo pela pele, pelo cheiro e pela necessidade de dormir uma noite inteira naqueles braços.


No mais, é certo que a vida segue. Que a rotina volta e o tempo excasso até ajuda a não pensar no que passou e ainda quero por perto. Quase-relação, quase-alguma-coisa não tem mais espaço nessa vida cheia de novidades, que ando lentamente edificando.


E continuo no cíclico movimento de partir e andar para um lugar que mereça ser sentido e nomeado como meu.


Sentindo sua falta, J.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Um oi e um adeus

E eu voltei para me mostrar.

Por inisistencia da Persona, por necessidade exorcizar os males, por motivos incobertos e não sabidos ainda resolvi ressuscitar o Sentimentalidades. Na verdade seria reanima-lo, por que em mim ele nunca morreu.

E começar tem que ser devagar. Foi então que percebi que meu post estava pronto ... no blog de outra.

Só para nos situar. O amanhã já chegou. A decisão de gurdar o passado no fundo do armario é imperiosa. Mas antes de partir, queria dize-lo, de algum modo, que nada se perde ou dissipa. No máximo, se transformou para continuar especial num recanto da memória. Tomei coragem e falei com algumas letras que já bati a porta atras de nós. E vê-lo tão frágil e menino choroso me fez pedir aos céus mais respossabilidade comigo, com o sentimento do próximo, com o da nossa ex-família.

Não é fácil também para quem diz o adeus. acreditar em fantasias e ter que deixá-las é mobilizar o desamparo. Por um segundo da eternidade os pés não tocam o chão e é inevitável o questionamento: ir embora é mesmo o caminho correto a seguir

Ele admitiu o que eu nunca quis ouvi. Meu ex-amado está perdido e fracassado. Quisera que fosse apenas em nossa já ex-relação. Mas como o amor apenas muda, choro por dentro ao vê-lo tão pouco confiante e muito desnorteado. A culpa ou duvida pelo que eu ainda poderia ter feito para ajudá-lo tento aplacar com as orações.

Como disse, vou seguindo devagar. Aqui e na vida mais que real. E mesmo que muitas coisas mudem, há em mim, ainda que guardada no porão da lembrança, a mulher que o esperou anciosamente numa noite de Abril.

Para nós:



MESMO QUE MUDE


Ela vai mudar
Vai gostar de coisas que ele nunca imaginou
Vai ficar feliz de ver que ele também mudou
Pelo jeito não descarta uma nova paixão
Mas espera que ele ligue a qualquer horas

Só para conversar

E perguntar se é tarde pra ligar

Diz que pensou nela

Estava com saudades

Mesmo sem ter esquecido que

É sempre amor, mesmo que acabe

Com ela a onde quer q esteja

É sempre amor, mesmo que mude

É sempre amor, mesmo que alguém se esqueça o que passou

Ele vai mudar

Escolher um jeito novo de dizer "aló"

Vai ter medo que um dia ela vá mudar

Que aprenda a esquecer sua velha paixão

Mas evita ir ao telefone

Para conversar

Pois é muito tarde pra ligar

Tem pensado nela

Estava com saudades

Mesmo sem ter esquecido que

É sempre amor, mesmo que acabe

Com ele onde quer que esteja

É sempre amor, mesmo que mude

É sempre amor, mesmo que alguem esqueça o que passou

Para conversar

Nunca é muito tarde pra ligar

Ele pensa nela

Ela tem saudade

Mesmo sem ter esquecido que

É sempre amor, mesmo que acabe

Com ele a onde quer q esteja

É sempre amor, mesmo que mude

É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou