domingo, 22 de novembro de 2009

Depois daquela noite


Minhas costas tem estado carentes de beijos. A nuca, da respiração quente e saliva doce.

Tenho deixado os cabelos presos. O pescoço a mostra. Na sua ausência, permito que o vento me dê um pouco de carinho e que os sentidos se deixem iludir mais alguns - muitos - dias. É por uma boa causa, eu tento me convencer.

Quero o teu cheiro. Te dar o meu cheiro. Mostrar o que trago na pele. Ser teu abrigo. Te esconder em mim. "Você consegue sentir isso".

Contar horas tem sido meu passatempo. Desejar estar sem fronteiras também.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Uma nova saga - parte I

"Que delícia"?. Quanto egoismo, mocinho.

Se é assim, pois bem, admito. o seu sonoro e redondo desabafo em forma de "filho da puta", esse sim foi uma delícia. Foi como te fiz entender. Sou sensível ao que me entra pelos ouvidos.

Se a minha respiração esteve descompassada e quis denunciar as "excitações" do momento, não tenho certeza que tenhas percebido, mas gosto de pensar que o comentário só comunica seu desejo de que a realidade fosse assim.

O melhor, o de mais belo e provocador nas desejáveis ondas de felicidade não podem ser nomeados. Assim, não me tentes, não avance para além do que se pede. Ineditismos nesse terreno são raos, mas, possíveis de acontecer. O especial pode estar apenas ao alcance da ligação. Longe, demasiadamente longe da pele, mas eu quero tentar... sempre esperando não me decepcionar tão cedo. De outra forma, digo concordar em deixar tudo prosseguir seu curso de inebriação, ansiedade e poucas horas de sono.

Sei que pode ser incoerente o que tenho pra te pedir, tal qual como desejar que as chuvas nas tardes de Belém não nos molhe, mas, não me faça desespera para além do que meu controle me permite. Nâo lhe disse, mas facilmente posso pular os passos - retrocedé-los também. E você... seria capaz de me garantir que não serei dilacerada pelo desejo de ter seus beijos, braços, Jaçanã e sua cama? É, eu preciso de garantias, das falsas ao menos. No entanto sei que tudo isso que você chama de gostoso nunca pode nos garantir nada. Nem seu início nem seu fim. Talvez por isso sejamos excitantemente especiais, por mais esse dia.

Escrevo porque não posso falar com você agora. Panetones carrascos de nós. Também penso que sem a escuridão do quarto, o frio e o aconchego, te ouvir seria limitado. Não conseguiria a invasão dos sentidos.

Sejamos menos "trouxas". Trabalhemos menos. Falemo-nos mais. Tenho esperança , por hoje, que quando fevereiro chegar possamos fazer um carnaval com fantasias um pouco mais reais.
(Quem comeria panetone tão cedo assim?)


Letrinha do dia: "Eu encontrei-a quando não quis mais procurar o meu amor. E quando levou, foi por merecer, antes um mês e eu já nem sei. E até quem me vê lendo o jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei. Ninguem dirá que é tarde demais, que é tão diferente assim. Do nosso amor, a gente é quem sabe, pequena..."