domingo, 28 de fevereiro de 2010

Como nos velhos tempos

Eu sempre tenho a a sensação de que não consigo transmitir às pessoas o quanto elas me são importantes. Pais, irmão, amigos e amores. Há sempre a sensação de que eu perdir o tempo exata do "eu te amo" e suas variações...
Sou do tipo de pessoa que esqueço o aniversário dos melhores amigos, furo com a unica irmã, falto às confraternizações, esqueço de fazer fotos das datas especiais na vida do meu filho.

Dizendo assim, tenho que me dar por feliz em ainda ter pessoas ao meu lado. Acho que eu não me aguentaria como amiga, irmã ou mãe. Mas, como diz um querido, " no fundo, bem lá no fundo e no canto eu sou uma pessoa legal". talvez a minha desatenção, insensibilidade ou medo de contato físico é que não sejam.

Mas ontem dei dois abraços. E eles foram sinceros, como se eu desejasse guardar um pouco do outro dentro de mim. Lá estavamos as tres novamente. Cheias de assuntos, risos e histórias para dividir. Algumas novas, outras de um passado distante. Agora, havia também uma mini-M correndo de um lado para o outro, desconsiderando que o usual é comer no prato e não no encosto da cadeirinha de refeição.

Precisamos de mais tempo, espaço principalmente, para realizar a nossa catarse coletiva. Privacidade, para a Michele relaxar, se emocionar, se escutar. (Quem sabe ela não me contagia com suas certezas). Descompromisso para a Mazane me ensinar um pouco mais sobre livros, musicas e uma forma mais desacelerada e congruente de se viver. Fugir da rotina e encontrar os amigos é sempre revigorante. Me deixa sempre a pergunta: porque não saio da minha "zona de preguiça" e faço isso mais vezes

Amo essas meninas (da minha forma torta e cheia de falhas, infelizmente). Não vejo a hora de fazermos nossas tatuagens e deixar na pele a lembrança da amizade que já tem registro indelevel no coração.
E eu as a ouvi cantar: "Eu hoje tive um pesadelo e acordei atento, a tempo... eu acordei com medo e procurei no escuro alguem com seu carinho e lembrei de um tempo... porque o passado me traz uma lembrança do tempo que eu era criança..."

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Volta!

Não mordo - só se você pedir.
Não corro, porque só consigo querer estar perto de ti, por hora (e agora, horas).
Entenda. Você só deveria acreditar que não quero promessas (elas não me seduzem mais). Só a você, pelo tempo que durar. Sem pressa, sem acordos... apenas os tácitos: Não me machuque. Não te machuco!

Como podes me enrredar entre pernas e braços. Como podes querer me tragar como sua fumaça...para tão perto de tua boca, teu peito, e de reepente, te vais inacessivel.....Como agora você deseja não estar por aqui.

Eu só estava começando. Você, parece que terminou...

Estação da Luz

Nâo se volta como se foi... um dia.
Certezas são relativas agora. Mesmo não me orgulhando, ser egoísta foi me permitir ser feliz.

Cada vez mais, fico certa de que o inusitado é a luz do meu olhar. O disparar do coração. O fio condutor da memória, quando o presente dobra a curva, na rua da saudade.

Mas a eterna insatisfação é propria de nós, os dito humanos. E pensei: Bom também seria se um outro me surpreendesse... me despisse comos olhos ... se poupasse menos

Deixei o carnaval com a certeza de que meu lugar é ao Norte, mas aquele Santo me deixou sensações, entorpecimento, desejos, sussurros.....

Decolei com pesar, mas sentimento de missão cumprida. Me devia. Me paguei. Te ouvia, agora, te tocava.

Fui intensa em estações. Fui posse de alguém, como nem lembrava poder. O mundo sumiu, só restamos nós e as roupas que teimavam em nos separar.

Roubamos olhares. Atiçamos suposta inveja de nossa felicidade. E só podiamos mesmo rir de tudo que não era perfeito a nossa imagem.

Mas, o carnaval tem seu fim, claro. Nada de cinzas. Só lembranças... e cores. Quem sabe Maio chega e uma nova festa pode-se criar.