quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Beijo

Acho que o roubei o primeiro beijo.

Igual aqueles que, na meninice, rouba-se do amiguinho mais querido, “perfeitinho”, especial.
De certo modo, o beijo foi mesmo num amigo desses, mas distante. Sem cheiro e nem gosto. Sem peso ou mão.
Foi num menino com a casa nas costas. Que ria e se escondia – tentava - atrás da coluna. Ria e quase não me achava.
Se fecho os olhos ainda posso vê-lo brincar.
Um beijo pode ser alegria do reencontro, carinho extravasado, atracar no porto certo.
Pode ser parque de diversão, recompensa e até alento.
Para tantas horas de voo
Ou tantos anos de espera.






domingo, 26 de dezembro de 2010

Banzo

Não sei se tenho mais saudade de você ou de sua cidade.
Agora, sofro de um banzo às avesas por tudo que ainda não vivi.

Te amo. em nosso primeiro natal.

MLJ

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O visitante

Nas primeiras horas do dia ele chegou.
Trouxe consigo paz e a felicidade em seu sorriso sem som.
O cheiro da pele que se esforçou para sobreviver na memória.
O tempo que dá tempo de sorver o amor. De xícara e tabaco. Riso e afago. Lento e precioso
Ele veio
E ela sentiu que era mais
Inclusive feliz.


Foi tudo tão rápido e bom, que ainda é dificil entender que você não está mais aqui.
Ficou promessa de um volto logo (sem nunca ter partido). O desejo de te encontrar numa esquina amazônica. Uma certeza quase ingênua que isso ocorrera no instante seguinte.
As lembranças trasnbordam o olhar que já não é o mesmo sobre a cidade.
Esperando aviões. Esperando você.

MLJ