domingo, 30 de março de 2008

Desabores dominicais


Eu que digo "não quero" já querendo...

Eu que lembro a todos e a todo momento que meu tempo já não é meu...

Eu que tranquei a porta deixando a chave do lado de fora...

Eu que saio pelo mundo em busca do desconhecido, só desejando o Conhecido dos meus sonhos...

Eu que sempre troco o certo pelo inacreditavelmente duvidoso...

Eu que deixo de olhar para o lado, para meu Cheiro de Lavanda...

Eu que só desejo um toque especial na nuca...

Eu que hoje me odiei tanto por barganhar sua atenção...

Eu que me dei conta que já fazes parte demais dos meus pensamentos...


Não sei mais de mim.

Não me quero mais assim. Não querendo mesmo.


Domingo cinzento não só no céu.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Uma pedra no caminho?


Meu mundo caiu.

Menti. Já não sou tão crédula que alguém, neste momento, valha tanto assim. Não acredito que haja quem se mostre tanto - alguém quem eu possa desejar tanto -que eu possa lamentar sua partida. Não agora.


É bom supor que ainda, ou só agora, estou inteira, erguida. Mas me causa estranheza tanto distanciamento, tanta falta de passionalidade. Que não seja desesperança. Que seja apenas seletividade.


Pobre de quem deixou-se visitar pelo passado, que me pareceu, aterrador e tão presente ainda.


Quanto a mim, cheguei a resposta do questionamento do dia. Nas manhãs que passam em velocidade reduzida pelas janelas de nossos mundos particulares, mesmo que o caos seja lá fora, há a promessa de mais uma chance de buscar por algo que realmente faça sentido. Ou é nisso que quero acreditar para prosseguir até você chegar?

Um riso de quem continua andando solitária e calmamente, se distraindo ao chutar as pedras do caminho. E continuo.

Letrinha do dia: "in my place, in my place were lines that i couldn´t change. I was lost. I was lost, I was lost crossed line I shouldn´t have crossed..."

"Em meu lugar, em meu lugar eram fronteiras que eu não poderia mudar. Eu estava perdido, Eu estava perdido. Eu estava perdido, perdido, ultrapassei barreiras que eu não deveria ultrapassar ..."









quinta-feira, 20 de março de 2008

Dos quereres e das mudanças


"Por amor ou euforia, tudo de novo, eu faria..."


Sou de extremos e incostâncias. O meio termo e a perenidade ainda não me pertencem, ou, sou eu que não lhes pertenço. Não que eu tenha orgulho disso, afinal, continuo achando que eqüilibrio e constância são metas pessoais a serem alcançadas, mas é fato que, este meu extremismo e intensidade (não-constante) já me renderam bons frutos. Até o mais preciso que eu poderia desejar.


Bem, tem me parecido que ando cometendo novamente exageros. E não só na alimentação. Talvéz, sobremaneira, nos sonhos e desejos.

Tenho desejado muito ter R$30.000,00 para comprar um carro. Tenho sonhado, quase que diariamente, como o apartamento próprio. É, tem que ser ap. Nada de areia em casa ou cachorro latindo no quintal. Tenho suspirado por férias de mim, preciso me livrar da rotina sem me sentir culpada por isso. Acima de tudo, ando caçando - e racionalizando - paixão. Dessas que te tiram de rota, faz das manhãs as mais coloridas, mesmo em dias de chuva. Dessas que, para meu desespero de excessiva controladora, não poderia ser racionalizada.


Mas, infelizmente, o meu desejo de ser arrebatada é porporcional ao meu nível de exigência (?). Tudo bem que acabo não conseguindo externalizar essas exigências todas, mas, por menos que eu queira reconhecer, sei quando um encantamento não terá efeito prolongado sobre mim. Quando ele não é capaz de aprisionar todos os meus sentidos. Quando, no meio da conversa, por alguns milésimos de segundos, minha atenção se perde para escutar a voz interior: Não, ainda não é isso que se quer...


E eu me tornei expert em ouvir esta voz.... e não acatá-la. Ainda é muito presente esta sensação que tive com o Passado. Sua conversa entediante que me desinteressava, suas ações conflitantes com meus desejos - elas não reconheciam meus desejos - e aquela auto-imagem de pontos brilhosos se desprendendo do meu antebraço....É, sei que isso fica parecendo quase uma alucinação, mas esta dita "imagem" sempre me veio a mente quando eu estava tristemente resignada, mesmo antes de conhecê-lo. Agora, até isso quero mudar na minha vida. Nada mais de pontos brilhando. Vida nova, materialização nova do descontentamento. Ou melhor, nada de descontentamento!


O que desejo agora?

Desejo que as atitudes e movimentos dele não me causem desinteresse ou sensação de desasjuste ao meio. Tá, ok. Admito que de alguma forma, isso já ocorreu. Já estive com ele e prestando só atenção à voz interior. Os homens, a meu ver, são exímios na arte do decepcionar. Admitir?, tá denovo, admito que não posso culpá-los completamente , já que as escolhas são minhas, o padrão de escolha romântica é meu, mas, bem que eles poderiam me fazer esse favorzão de não se comportarem de forma patética, egocêntrica ou como meninos de 12 anos. Senão, embora eu não aprecie uma pele curtida pelo tempo, vou ter que acabar virando abacaxi. Será que com o passar dos anos eles mudam?


Então vou te dizer novamente. Não sou um amigo, ou apenas isso. Você não é meu paciente - ainda bem - pois não beijo nem penso em dar para meus pacientes. Não negligencie minhas investidas e charme feminino. Não negue-se a me ofertar um trato cavalheiresco acompanhado de um olhar "Acho que vou te comer agora...". Desta forma, sem muita frescura, pois isso não combina comigo, quero que você me trate como uma mulher, e não apenas como alguem que, como você, gosta de butecos.


Vou te levar, mas sinceramente gostaria que você me levasse.

Saudades do seu cheiro, óculos, boca e mãos branquelas que ainda não me enquadraram devidamente...

segunda-feira, 17 de março de 2008

Ontem fez o hoje assim...


Não sei ao certo, mais parece que não sou a única nem a menos incostante nesta vida. Ora rir, ora chora. Ora ama, ora nem tanto. Arrependimento. Culpa. Cafajestice. Bipolar???


Às vezes desejo muito saber as reais motivações do outro, saber sobre o que lhe vem a mente. Ai me lembro: Cuidado, seus sonhos podem virar seus piores pesadelos. Já imaginou nunca ser surpreendida???


O que se quis dizer quando não se escreveu aquele vocativo? O que significou não mais querer vê-lo por ter sido demasiadamente bom?


Minhas dores são cada vez menores em sua intesidade. A cada nova espera, a cada nova desilusão, me revisto de algo capaz de atenuar minhas perdas, que, no entanto, me faz perder o viço do olhar dos ingênos, dos crédulos. Acho que era disso que os amores do passado falavam: Cadê seus sentimentos, menina????


Agora mesmo olhei para o celular. Pensei em ligar, mas, para dizer o quê? esperar o quê? Na dúvida, não se precipite ou crie situações que não são do seu desejo. E o desejo, sempre ele me rondando....


Passado o momento de lucidez, continuei a pensar nas frases possíveis... hahaha. Só eu para me expor desnecessariamente.


- Melhorou? Tudo legalzinho hoje????


Tudo, tudo legal para quem não possui a real dimensão da enrrascada em que pode se meter....


Desejo, mas me contento com o que houve. Lembranças são boas companhias. Eu sei que este apreço é pelo fato delas não me serem ameaçadoras. Não machucam, não deformam atitudes e intenções.


Sem mais o que pensar, fico feliz pelo significado deste passo. A cada novo dia, o caminho de volta fica mais improvável e distante. Amém!!!!!



O Jogo que não quero jogar

A mulher de 31 anos que me habita quase sempre me abandona quando os jogos dos adultos são iniciados.


Estratagemas, esperas e dizeres cautelosamente dispostos não são e nunca forom a minha especialidade. Para mim, o jogo só se configura como tal quando não o estou jogando. Aos mais desavisados ou aos supostos caçadores, minha desatenção pode aparentar pura valorização do passe. Ledo engano.


Quando não ligo é pura vontade de não falar. Quando não saio é mesmo desenteresse gritando. Quando não transo é você não foi capaz de apertar o botão. Mas quando tudo isso é mais um pouco acontece, é porque já me perdi...


E nos tempos menos criteriosos, cheguei a dar várias chances para o que já começava mal. Pensava que era medo de fechar de imediato as portas para algo preciso, ou no mínimo, excitante por conta de 1 ou 10 incompatibilidades ( e que esforço quando isso envolve gozo). Agora, passada algumas tempestades e em frnaca reconstrução, vejo que aquele medo era por algo muito mais constituinte do eu do que do nós. Medo de não ser o desejo do outro, por exemplo, diluiu-me em mundos alheios que quase nunca me interessavam verdadeiramente.
Hoje, sabendo-se um pouco mais o que se quer, e sobretudo, o que não se quer mais, consigo entender melhor os que atravessaram minha existência. E também consigo perdoar aquela
que fui ainda ontem. Se não me engano, está ai o verdadeiro aprendizado: síntese, generalização e reprodução.
E ainda, eu te perdou Passado por ter demorado, mesmo que em demasia, para me apresentar seu mundo (amigos, casa, cama...). Nao, não farei como você, afinal foram justamente diferenças abissais que nos separaram, mas eu juro, agora sei exatamente de tudo que você nunca pronunciou, mas comunicou. O medo agora é de perder-me no outro, no estranho. Perder meu templo, meu reino, minha casa. Igualmente medo, que pode paralizar...
Então o que se quer e o que se tem é quase sempre diferente do que se diz. Eu já sei. Há o tempo de mostrar e esconder. Há o tempo de catavento e de girassol.
E a mulher de 31 anos volta para casa quando sabe porque é desnecessário jogar. O que se quer não pode ser dissimulado nem tão pouco dado em doses homeopáticas por quem não sabe se doar (como eu). O que se quer é perene. O que se deseja não está numa mesa de apostas da sedução.
Só quero a mansidão de um riacho. Não me cabem mais cachoeiras e corredeiras, mesmo que sejam belas...

sábado, 15 de março de 2008

O Inusitado


Sempre gostei de acontecimentos inusitados. Aliás, não só gosto como acabo cavando as situações, sentimentos inusitados para mim. Chorar quando é para rir ou urrar (de prazerou dor), rir quando estou desmoronando de tristeza...


Mas ele, ele superou todas as expectativas que eu poderia ter. Se idealizei? Não, não me dou mais a este luxo. E que bom que tudo foi fora do comum, diferente de qualquer coisa que eu podesse desejar neste momento. Ou será que foi apenas o que mais desejo?


É como escrevi da última vez. Não é apenas pelo o outro ou com ele, é essencialemnte pelo que o desejo ser/ter. Não vou mais sair de casa para entorpecer o outro, para me desconsiderar na interação. Só saio por fome ou sede... de beijos, de conhecimento, de empatia, de amor. E fome e sede é só o que tenho neste momento do existir.


Queria ter.

Quero ter.

Mas isso é uma outra estória, para uma outra noite ou madrugada.


sexta-feira, 14 de março de 2008

Amar é sede depois de se ter bem bebido¹


Ela me contou assim:


Estava pronta, realmente pronta e desejosa por algo - melhor seria, por alguem - capaz de lhe tirar dou automático, da vida monocromática, morna e entediante. Para isso, abriu definitivamente as portas do guarda-roupa, despensa e coração.

As horas, agora, tinham contornos de passos e avanços no espaço que tempoarariamente lhes separavam. Naquela noite em que tudo aconteceu de modo inesperado, é bem verdade, ela havia percebido seu coração bater novamente. Justo ele que parecia nem mais existir. O coração parecia palpitar no estômago, fazia-a gelar por dentro. Naquela noite, sem saber, ele recebera o coração dela.

Na verdade, seu coração não estava mais em seu peito, mas sim nas pontas dos dedos. Elas, já calejadas, um dia tocaram suas lágrimas, já haviam tentado abrir portas, alcaçar possibiidades, mas só obtiveram pedidos de espera. Espere... Agora, pode ser?


Há algusn dias, suas músicas entoavam esperança, contentamento, promessa de apaziguamento. Novos caminhos ela merecia. Nova luz no olhar. Agora ela diria ao amigo que não estava buscando isoalamento, não mais, pois agora o que ela desejava era apenas SENTIR-se novamente.


E me perguntou:

Você sabe qual o melhor dia para um encontro?
Não sabendo responde-la, escutei:
O dia em que ele vier me ver.


Sorri feliz, por sua felicdade. Sorri de contentamento por perceber que depois de algumas falsas tentativas de voltar a viver, ela decidiu com fervor que agora era sua hora. Não exclusivamente pelo outro, mas essencialmente por ela. Felicidade a caminho, a disse.


Olhar-se no espelho, ela reconheceu, foi uma forma de se amar um pouco mais, foi mirar-se com a certeza de poder aprisionair e ser vista com nitidez pelo olhar Dele. Este olhar ela recriara a cada sonho acorddo, que lhe separava de sua rotina de Tempos Modernos.


Parece que vão se permitir conhecer o compasso das respirações, o tom dos olhos e mãos. Essa, que é uma estória em construção, poderá ter diversos fins. Mas, para quer falar de fim se ainda não se tem um começo?



Letrinha do dia: "eu que não sei quase nada do mar, descobrir que não sei, nada de mim. Clara, noite rara, nos levando além da arrebentação. Já não tenho medo, de sabermos como somos na escuridão"


¹ citação que precede a música "pensar na pessoa que se ama" por Maria Bethania. Cd: Pirata

quarta-feira, 5 de março de 2008

Desafiando o desafio

A amiga mais ultravioleta que tenho resolveu me iniciar [ela novamente..] neste universo dos desafios blogueiros. Eu e minha tendência reveladora resolvemos brincar. E assim ficou meu desafio de responder ao desafio dela.


Se eu fosse um mês seria... Qualquer um entre Outubro e Dezembro. Os menos quentes por aqui

Se eu fosse um dia da semana seria... Sábado. Especialmente pela manhã, quando as promessas de um bom fim de semana ainda estão intensas em mim.

Se eu fosse um número seria... 2. Quando somos melhores do que sozinhos

Se eu fosse um planeta seria... O meu

Se eu fosse uma direção seria... Sul. Para poder amar mais o norte

Se eu fosse um móvel seria... Um aparelho de som. A música é minha melhor companhia

Se eu fosse um liquido seria... Água. Para exercitar a transformação

Se eu fosse um pecado seria... Preguiça. Que venha o ócio criativo

Se eu fosse uma pedra seria... Quartzo Rosa. Em homenagem ao meu primeiro cristal

Se eu fosse um metal seria... Ouro. É gostar demais de ser valorizada...

Se eu fosse uma árvore seria... Magueira. Do corredor verde e centenário da Presidente Vargas (Belém-Pa)

Se eu fosse uma fruta seria... Maracujá. Doce e Azedo. E não venha me dizer que é por conta da minha idadde.. rs

Se eu fosse uma flor seria... Não estou certa se gostaria de ser uma

Se eu fosse um clima seria... Frio. Deve haver vida melhor do que morar numa estufa, embora se ame esta estufa.

Se eu fosse um instrumento musical seria... Violão. Dar calos no dedo de alguem seria uma ótima pedida para estes dias

Se eu fosse um elemento seria... Ar. Por menos que pareça, permanencia em algum lugar ou em alguem não é - infelizmente? - meu forte.

Se eu fosse uma cor seria... Vermelho. Complementado o que disse acima, minha incostância é intensa.

Se eu fosse um animal seria... Centauro. Eu sei as dores e delícias de já o sé-lo

Se eu fosse um som seria... Da voz de agora do Victor

Se eu fosse uma letra de música seria... Díficil. Com certeza, dentre muitas, Grande Amor- Chico Buarque. Não, nao sou tão amarga assim... rs

Se eu fosse uma canção seria..."Se há alguem no ar, responda se eu chamar.Alguem gritou meu nome ou eu quis escutar?"

Se eu fosse um estilo de musica seria... MPB e Nova MPB. E se gosta de falar das dores, amores sensações. Sem muito esforço, sem muito desgaste (coisa de que é o pecado da preguiça).

Se eu fosse um perfume seria... Humor 2
Se eu fosse um sentimento seria...A tal da felicidade. Desejá-la e persegui-lá, sempre!

Se eu fosse um livro seria… Ele ainda não foi lido.

Se eu fosse uma comida seria… Maniçoba ou yakissoba. O bom é misturar e recriar, seja no Japão ou numa tribo indígina da Amazônia.

Se eu fosse um lugar (cidade ) seria ... Belém. Com clima de montanha, pode?

Se eu fosse um gosto seria... agridoce. Nem só doce, nem só salgado. Nem só santa, nem só puta.

Se eu fosse um cheiro seria…Um perfume com notas amadeiradas

Se eu fosse uma palavra seria…Insatisfação. Sem isso não posso sonhar, me melhorar.

Se eu fosse um verbo seria… Desejar

Se eu fosse um objeto seria… Um computador. Sem ele, nem estaria aqui

Se eu fosse uma roupa seria… Meu vestido preto, companheiro de momentos inesquecíveis.

Se eu fosse uma parte do corpo seria… Cebelos. Dizem muito de seu dono

Se eu fosse uma expressão seria… Sorriso

Se eu fosse um desenho animado seria… hahaha. Se, nada, eu sou! A Mônica é claro.

Se eu fosse um filme seria… Cinema Paradiso

Se eu fosse um forma seria… Círculo. início e fim para o quê??

Se eu fosse uma estação seria… Inverno

Se eu fosse uma frase seria… Não ando cabendo em frase que não sejam as minhas

Desafio - acho eu - respondido e a caminho de outros blogueiros.

Convido os Caros visitantes abaixo a brincar de se revelarem..



http://sobrenadaemparticular.blogspot.com/ (Onde sou comentarista nº1)




http://persona-feminina.blogspot.com/ (Persona Feminina. A noiva do ano)



http://elacorderosa.blogspot.com/ (A imã da Noiva do ano)



http://arquivosdacaxola.blogspot.com/ (A moça que roubou minha ilustração. Que ficou linda no blog dela)



http://fingidouro.blogspot.com/ (Estou curiosa para ver o resultado desta brincadeira pelas linhas do Lamar. Querido escritor)





Bom, é isso. Depois passo em seus respectivos mundos para ver como ficaram suas revelações.


Abraços a todos!!!!!

domingo, 2 de março de 2008

Domingo chuvoso Domingo

Hoje tirei o dia para falar mal do Passado. Sai de casa me prometendo conter a língua ferina de mulher mal-amada,mas....
Ao bater a porta do "carro de passeio" entoei meu mantra mental: "não mexa com os mortos, eles podem voltar para lhe assombrar...". Quem sabe da próxima vez só um "hare krisna, hare hama" não funciona???





Tudo bem que não o desejei mal nem tão pouco lhe rendi muitos minutos do meu dia, mas, apesar das mágoas revevidas brevemente acho que o balanço foi positivo. Mesmo porque, por um segundo, desejei que tudo tivesse sido perfeito, que ainda estivessemos juntos e felizes, supondo que isso tenha acontecido um dia. Por frações de segundo, que pararam meu novo-mundo, desejei que hoje tivesse sido um domingo em família, com nossa família extensa. Efeitos etílicos devastadores ao coração, embora de ação rápida e passageira.




Mas sobrevivi, e até possuo um certo sorriso de contentamento no canto dos lábios. Teria sido bom sermos [até] hoje três em perfeita sintonia? Seria. Mas tudo se perdeu, tudo mudou, tudo empalideceu nas lembranças. A vida foi se encaminhado para além, nos fazendo - suponho - mais parecidos com o que eramos antes desta montanha-russa chamada "Quase-casamento". Felizes? é o que se quer. Sempre!



E se passou mais um domingo. Um domingo em família [Eu-Victor] peculiar. Visitas peculiares. Um dia com uma sombra do passado que não me sobrecarrega mais os ombros, porém, com olhos e desejos num futuro próximo e promissor.






Neste ano,não precisarei do Outro para me parabenizar pelo o que já sei que sou. Vou relembrar que 08/03 não necessita da legitimização da figura masculina para me pertencer.
Letrinha do dia: "Se há alguem no ar, responda se eu chamar. Alguém chamou meu nome, ou eu quis escutar?"