segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Acabo de me assustar com o tempo que não escrevo.
Assustada com a minha capacidade de me esquecer. De olhar profunda e precisamente para as entranhas.
Quase nada mudou. Ou se mudou foi para mais. Mais cronificado.
Onde andam os prazeres do passado? Onde anda minha doce e perfeita solidão que me nutria de esperança pela chegada de um novo e arrebatador existir?
Ok. Nem tudo é tão desolador assim. Mas, há pouco porque vibrar. E gritar. E chorar de felicidade.
Chega. Chega. Não me tolero depressiva. Sou mais complexa do que isso. Mais furta-cor irizada nacarada e qualquer outro sinônimo para tudo-junto que se possa imaginar.
Vou voltar. Estou voltando sem nunca ter esquecido de você, minha sentimentalidade toda!

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Depurando-me

Os ultimos dias tiveram o peso de ultimos dias. Ainda não sei se meus, se nossos, ou de tantos ciclos.
Mudança de estratégia: Calo, corro e fujo para ignorar que posso ser alcançada pela dor. A de ficar e lentamente perder a admiração por você. A de partir, acreditando que jamais terei novamente o viço que nossa inesperada história me deu.
E se você me perguntar porque do meu silêncio, eu não saberia explicar para além da simples de não querer falar. E isso já estava nos rondando, dando sinal de sua vontade de existir ente nós.
Não sei quando exatamente começou essa fase da partida ou quando deixei de ter uma inocente fé em você. Só sei que me ver "obrigada" admitir que não podemos ser pais ou noivar agora me despertou para tudo aquilo que essa relação nunca pode me dar. Segurança na mais que concreta realidade. Aquela onde temos que pagar contas, cuidar da saúde - nossa e dos nossos - ou pensar na aposentadoria.
Nunca duvidei e ainda não duvido do afeto que nos ligou, só não estou mais emaranhada por ele. Só não me basta tê-lo apenas em uma linda versão juvenil da vida.
Eu quero casa; quero colchão novo e infinitas possibilidades de ser melhor do que hoje sou.
Eu quero e preciso que tudo aconteça para ontem, porque sou ansiosa, pouco crente e de fácil desestimulo diante das adversisdades.
Sinto que não tenho tempo para esperar. Ou esperar sem data para acontecer.
Você não vem, eu também não chego ai. Perdemos a conexão?
Dessa forma, não vejo como não optar pela automutilação, pela dor necessária. É, estou trabalhando para um desamor de nós. Depurar-me de você.
E se ainda escrevo aqui é porque talvez queira te anunciar: não é por mal. é para o nosso (ou meu) bem.