domingo, 20 de dezembro de 2009

Doutores do ABC


De repente, aquele bebê que iniciou a vida escolar de fraldinha, que levava leite gelado com sucrilhos para o lanche, hoje me deu mais uma imensa alegria quando esticou seu dedo fino e torto - herança materna - na minha direção, pronto para receber seu primeiro anel de formatura.

Engraçado. Embora nós estejamos, eu e o Victor, distante muitos anos daquele ritual que de fato consideramos colação de grau, foi impossivel não me comparar ao meu pai e a sua visivel emoção ao me conduzir durante a outorga de psicólogo.


O que vivemos hoje foi só o inicio da jornada acadêmica, de acúmulo de conhecimento, de vida do Victor, mas, são nesses momentos, recortes especialissimos de nossa benção, que eu vejo os ciclos se repetirem. Ontem eu era só uma menininha (e como tem momentos que ainda me sinto assim!!!). Ontem eu era o fim de tudo. Hoje sou eu que me emociono. Me esgueiro entre tantos outros pais ávidos pela eternização nas lentes das digitais, do sorriso de um filho.



Tolices de uma coruja, mas meu "neneia" está se indo, dando espaço para um meninão que vive a testar meus limites e minha capacidade de rir de mim mesma, das sandices dos adultos. Eu que sempre torcia pela chegada da segunda infância dele, vai ver descobrir que a melhor fase é mesmo a que se está vivendo e o saudosismo é apenas um sentimento desbotado.



Parabéns Inácio, por ter evoluido signicativamente no ultimo ano e se empoderado de sua função paterna.

Parabéns ao meu filho, a sua primeira professora, a sua ultima também.



Baby, TE AMO!!!!




"Avião sem asa. Fogueira sem brasa. Sou eu, assim sem você.

Futebol sem bola. Piu-piu sem Frajola. Sou eu, assim sem você

Porque é que tem que ser assim se o meu desejo não tem fim

Eu te quero a todo instante, nem mil auto-falantes vão poder falar por mim...

Tô louca pra te ver chegar. Tô louca pra te ter nas mãos

Deitar no teu abraço, retomar o pedaço que falta no meu coração...

Eu não existo longe de você. A solidão parece meu castigo

Eu conto as horas pra poder te ver, mas o relogio tá de mal comigo"



terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Verborragia etílica

Fora as dificuldades óbvias, a distância deixa a comunicação pra lá de comprometida. Porque não se fala só com a boca. Fala-se com os olhos, com a ponta dos dedos, com a respiração e com o hálito quente, dentre tantas outras parte do corpo que nem vem ao caso citar agora.

"Posso rasgar o verbo" (interrogação- maldito teclado desconfigurado!!!!). Estou puta da vida com você. Vale ressaltar que este "puta" está lone de ser aquele que nos faz ofegantes pelas madrugadas.

Até parece ironia. Para alguem há tempos no desterro da solidão sexual, hoje me dei ao direito de ficar melindrada por me sentir um mero buraco virtual a ser comido. Repito. Se hoje eu tivesse a rara oportunidade de te ter proximo da pele, eu dormiria de calça jeans e moleton. O meu querer sabe esperar. Meu desejo sabe se apaziguar. Minha solidão não se aplaca ou se deixa iludir por gozo solitário. Você merecia colo, afago, beijos ternos e de devoção. Eu queria te dar tudo isso. Eu quis me dar. Mas o óbvio te pareceu mais interessante. Parecia retorno garantido. Você não me teve. Eu me perdi.

Senti sua falta antes de um segundo. Senti algo como uma lágrima embargando a voz. A sinceridade às vezes é desnecessaria. Eu fui desnecessariamente sincera.

Odeio ter que pedir desculpa pela minha perda de controle. Odeio também perder o controle, mas sou imperfeita. Somos.

Não se contente com pouco de mim. Aquela máxima de que menos é mais é o cliche mais verdadeiro que conheço.

O mais desastroso de tudo, a meu ver, é que depois do meu primeiro aborrecimento com você, não vou poder fazer as pazes dignamente. Sem beijos, Sem cheiro, Sem abraço. Apenas 4 garrafas de ice.
"Certa noite"
Hoje voce me deixou
Quer dizer, hoje voce me diexou de novo
Depois a gente volta. Sempre voltou
Voce voltou.
Voltou sempre que me deixou
Mas há sempre algo que se lasca, que se acaba
Uma magia que se estraga, uma vela que se apaga
Aos poucos
Um abalo de um dia, talvez não dê mais jeito
Uma ofensa que, talvez, dessa vez, não dê mais conserto
Então chega um dia em que eu não me reconheço.
Um dia que não vem depois do outro
Uma certa noite, fora do tempo
E então um dia eu não me reconheço
E quero o que eu nem sabia
Que era isso o que eu queria
Uma noite tão quente como essa, pode ser um novo começo
Poder, querer, ser. Sem ter você
Se você não me quer mais
Eu quero me perder
Se você não me quer mais
Eu quero te perder
Se você não me quer mais
Eu quero!
Que o fogo que vem de baixo
Seja fogo negro, intenso
Um fogo sem descaso. Para me queimar em silêncio
E então eu finalmente me esqueço
E me entrego
Você é quem me dá tudo quente e espesso
Quem me dá tudo o que eu mereço
E não me nego
Então eu danço

domingo, 22 de novembro de 2009

Depois daquela noite


Minhas costas tem estado carentes de beijos. A nuca, da respiração quente e saliva doce.

Tenho deixado os cabelos presos. O pescoço a mostra. Na sua ausência, permito que o vento me dê um pouco de carinho e que os sentidos se deixem iludir mais alguns - muitos - dias. É por uma boa causa, eu tento me convencer.

Quero o teu cheiro. Te dar o meu cheiro. Mostrar o que trago na pele. Ser teu abrigo. Te esconder em mim. "Você consegue sentir isso".

Contar horas tem sido meu passatempo. Desejar estar sem fronteiras também.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Uma nova saga - parte I

"Que delícia"?. Quanto egoismo, mocinho.

Se é assim, pois bem, admito. o seu sonoro e redondo desabafo em forma de "filho da puta", esse sim foi uma delícia. Foi como te fiz entender. Sou sensível ao que me entra pelos ouvidos.

Se a minha respiração esteve descompassada e quis denunciar as "excitações" do momento, não tenho certeza que tenhas percebido, mas gosto de pensar que o comentário só comunica seu desejo de que a realidade fosse assim.

O melhor, o de mais belo e provocador nas desejáveis ondas de felicidade não podem ser nomeados. Assim, não me tentes, não avance para além do que se pede. Ineditismos nesse terreno são raos, mas, possíveis de acontecer. O especial pode estar apenas ao alcance da ligação. Longe, demasiadamente longe da pele, mas eu quero tentar... sempre esperando não me decepcionar tão cedo. De outra forma, digo concordar em deixar tudo prosseguir seu curso de inebriação, ansiedade e poucas horas de sono.

Sei que pode ser incoerente o que tenho pra te pedir, tal qual como desejar que as chuvas nas tardes de Belém não nos molhe, mas, não me faça desespera para além do que meu controle me permite. Nâo lhe disse, mas facilmente posso pular os passos - retrocedé-los também. E você... seria capaz de me garantir que não serei dilacerada pelo desejo de ter seus beijos, braços, Jaçanã e sua cama? É, eu preciso de garantias, das falsas ao menos. No entanto sei que tudo isso que você chama de gostoso nunca pode nos garantir nada. Nem seu início nem seu fim. Talvez por isso sejamos excitantemente especiais, por mais esse dia.

Escrevo porque não posso falar com você agora. Panetones carrascos de nós. Também penso que sem a escuridão do quarto, o frio e o aconchego, te ouvir seria limitado. Não conseguiria a invasão dos sentidos.

Sejamos menos "trouxas". Trabalhemos menos. Falemo-nos mais. Tenho esperança , por hoje, que quando fevereiro chegar possamos fazer um carnaval com fantasias um pouco mais reais.
(Quem comeria panetone tão cedo assim?)


Letrinha do dia: "Eu encontrei-a quando não quis mais procurar o meu amor. E quando levou, foi por merecer, antes um mês e eu já nem sei. E até quem me vê lendo o jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei. Ninguem dirá que é tarde demais, que é tão diferente assim. Do nosso amor, a gente é quem sabe, pequena..."

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

E o oscar vai para....

Bem, não é que recebi um presentinho internético??/ só podia ser mesmo da Luiza Mazane (http://persona-feminina.blogspot.com), está pessoa que desarruma as coisas por aqui e sempre me convida a escrever, escrever,escrever....
Ai vai as regras para a corrente-presente:

A- escrever uma lista de 8 características suas
B- convidar 8 blogueiros para receber o selo
C- comentar no blog que lhe enviou o selo
D- comentar nos blog´s aos quais vc está presenteando


E eu ainda me vejo assim:

1- Falante
2- Calorenta
3- Indecisa
4- Divagante
5- Nostálgica
6- Sortuda
7- Cinéfila
8- Desastrada

E agora, os chegados que vão receber o oscar, ops, digo, selo:

Ela cor-de-rosa
Roger William
Epiderme letra e pêlo

Vou ficar devendo mais 5 porque faz tanto tempo que não ando pela blogosfera que só agora descobri q muitos blog´s q eu acompanhava foram desativados....aff
Agora é com vc!!!!!

domingo, 16 de agosto de 2009

Ponto Final




Partir andar.

Eis que chega essa velha hora tão sonhada

Nas noites de velas acessas. No clarear da madrugada

Só uma estrela anunciando o fim. Sobre o mar, sobre a calçada

E nada mais te prende aqui.

Dinheiro, grades ou palavras


Partir andar. Eis que chega

Não há como deter a alvorada

Pra dizer, um bilhete sobre a mesa

Pra se mandar, o pé na estrada

Tantas mentiras e no fim

Faltava sempre só uma palavra

Faltava quase sempre um sim

Agora já não falta nada


Eu não quis te fazer infeliz

Não quis

De tanto não querer, talvez quis


pouco mais de 30 dias, meu mundo foi colocado a prova com tanta intensidade que nem eu mesma poderia supor. Logo eu que sempre tive relacionamentos longuissimos, me retirei com muito pesar de uma relação tão prematura.


Com essa mesma semente repleta de tanto por vir redescobri como é bom se permitir a ser cortejada. Que o prazer está mesmo nos meios, muito mais do que nos fins. Nos risos expontaneos e largos, nas horas ao telefone durante as madrugadas, do carinho e cortesias que se anteciparam ao beijo. No caminho ao gozo persseguido. Em um mês fui feliz e senti. O adormecer já não estava por aqui.


E mesmo pra mim que especialmente vivo sobre idealizações, não admitir que nem tudo foram rosas é desconsiderar o poder de crescer que esses dias me trouxeram. Dos espinhos grandiosos que eu mesma cultivei pra mim, fiz a partida para o melhor e o pior de te-lo encontrado justamente agora. Há quem se ressinta com o investimento financeiro, há quem só pense no proposito Superior.


Mas são as feridas de guerra que me conferiram as honras nos dias de paz. Eu me vi, me escolhi e não me omiti como tantas vezes fiz no passado. Se as diferenças garantem atrações, já ficou provado que pelo meu Mundo Distante elas jamais conseguiram a manuntenção desse interesse.

Agora ando me preparando para desligar os botões que me ligam a ele e ao seu dia-a-dia. Das dores nas costas à peleja com o autocad. Preciso também desligar o desejo pela pele, pelo cheiro e pela necessidade de dormir uma noite inteira naqueles braços.


No mais, é certo que a vida segue. Que a rotina volta e o tempo excasso até ajuda a não pensar no que passou e ainda quero por perto. Quase-relação, quase-alguma-coisa não tem mais espaço nessa vida cheia de novidades, que ando lentamente edificando.


E continuo no cíclico movimento de partir e andar para um lugar que mereça ser sentido e nomeado como meu.


Sentindo sua falta, J.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Um oi e um adeus

E eu voltei para me mostrar.

Por inisistencia da Persona, por necessidade exorcizar os males, por motivos incobertos e não sabidos ainda resolvi ressuscitar o Sentimentalidades. Na verdade seria reanima-lo, por que em mim ele nunca morreu.

E começar tem que ser devagar. Foi então que percebi que meu post estava pronto ... no blog de outra.

Só para nos situar. O amanhã já chegou. A decisão de gurdar o passado no fundo do armario é imperiosa. Mas antes de partir, queria dize-lo, de algum modo, que nada se perde ou dissipa. No máximo, se transformou para continuar especial num recanto da memória. Tomei coragem e falei com algumas letras que já bati a porta atras de nós. E vê-lo tão frágil e menino choroso me fez pedir aos céus mais respossabilidade comigo, com o sentimento do próximo, com o da nossa ex-família.

Não é fácil também para quem diz o adeus. acreditar em fantasias e ter que deixá-las é mobilizar o desamparo. Por um segundo da eternidade os pés não tocam o chão e é inevitável o questionamento: ir embora é mesmo o caminho correto a seguir

Ele admitiu o que eu nunca quis ouvi. Meu ex-amado está perdido e fracassado. Quisera que fosse apenas em nossa já ex-relação. Mas como o amor apenas muda, choro por dentro ao vê-lo tão pouco confiante e muito desnorteado. A culpa ou duvida pelo que eu ainda poderia ter feito para ajudá-lo tento aplacar com as orações.

Como disse, vou seguindo devagar. Aqui e na vida mais que real. E mesmo que muitas coisas mudem, há em mim, ainda que guardada no porão da lembrança, a mulher que o esperou anciosamente numa noite de Abril.

Para nós:



MESMO QUE MUDE


Ela vai mudar
Vai gostar de coisas que ele nunca imaginou
Vai ficar feliz de ver que ele também mudou
Pelo jeito não descarta uma nova paixão
Mas espera que ele ligue a qualquer horas

Só para conversar

E perguntar se é tarde pra ligar

Diz que pensou nela

Estava com saudades

Mesmo sem ter esquecido que

É sempre amor, mesmo que acabe

Com ela a onde quer q esteja

É sempre amor, mesmo que mude

É sempre amor, mesmo que alguém se esqueça o que passou

Ele vai mudar

Escolher um jeito novo de dizer "aló"

Vai ter medo que um dia ela vá mudar

Que aprenda a esquecer sua velha paixão

Mas evita ir ao telefone

Para conversar

Pois é muito tarde pra ligar

Tem pensado nela

Estava com saudades

Mesmo sem ter esquecido que

É sempre amor, mesmo que acabe

Com ele onde quer que esteja

É sempre amor, mesmo que mude

É sempre amor, mesmo que alguem esqueça o que passou

Para conversar

Nunca é muito tarde pra ligar

Ele pensa nela

Ela tem saudade

Mesmo sem ter esquecido que

É sempre amor, mesmo que acabe

Com ele a onde quer q esteja

É sempre amor, mesmo que mude

É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou