Quando meu contador muda os dígitos, quando ele me diz que muitos já estiveram aqui, ou que há outra pessoa comigo, por meio dos insanos e confusos rastros que deixo, fico tentando imaginar porque também eu seria alvo do bisbilhotar alheio. Justo essa vida que digo há tempos ser monocromática?
Como sou vista? Como sou interpretada? Sou simplificada ou incompreendida?
E por mais que as linhas sejam melimetricamente construidas, que eu tenha o cuidado de amplificar/clarificar tudo que sinto, nunca, nem um de nós aqui, inclusive eu, teremos a certeza do que sou ou como estou. O que fica com o exercício da escrita é apenas uma representação, uma inferência de como tudo tem me atravessado, e o que suponho estar aprendendo com a materialização das idéias.
Pensando assim, os giros constantes do contador nada contam, posto que isso é a história de um, com vistas para todos, por mais que se deseje o confronto com o outro.
Nesse instante lembrei que é justo o esquivar-se das interferências no tangível que me trouxe aqui.
6 comentários:
Não tem jeito, escreveu, tá "escrevinhado".rs
É bom nos observarmos através do olhar do outro, embora nem sempre nossas palavras sejam interpretadas com o real sentido em que foram escritas.
Mas, tá na chuva, é pra se molhar.
Bjs e saudades de nossas conversas!
a virtualidade da Net nos expõe,e se seremos conpreendidos ou não,cabe a cada visitante descobrir.fizemos nossa parte ao digitar.deixem que façam sua parte em entender. beijão!!!
Entendo. É impossível se controlar o entendimento completo da mensagem passada. Mas aí é que está a graça, hehe.
O lance é fazer a diferença, mesmo que homeopática.
Beijos!
Todo ser humano é fofoqueiro e bisbilhoteiro por natureza...rs
Tô tentando entrar no msn,mas tá difícil,não tá fazendo a conexão,só to avisando,um beijo!
Eu fiquei um tempo sem postar e, acredite, só agora vi seu comentário no meu blog. Mil perdões!
Será uma honra ter meu blog "linkado" ao seu. Seus textos são ótimos.
Estarei sempre por aqui também.
Um beijo!
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