quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Novo, de novo


" Ela tinha mesmo que nascer em 2008", disse a madrinha. Talvez por que so assim uma frase do passado teria sentido. Uma tomou um rumo "estavel" na vida profissional. Outra se casou e findou uma serie de idas e vindas de um namoro longo. Sendo assim, logico que Maria Fernanda, que nem eh filha de baiano mas da mulher mais gay que conheco, tinha que estrear ainda em 2008. "Titia agradece voce ter reforçaado a previsao de que 2008 seria um marco para as 3 M's, viu?".
Foram 365 oprtunidades de mudancas, de contrucao e reforma daquilo que se vive. Umas ate consegui implementar, outras ainda ando adiado. Mas agora, preste a passar a regua em mais um ano, vejo que ele foi muito camarada comigo. Naum consigo lembrar de algo tao ruim que tenha me acontecido este ano. Por via das duvidas, tambem nem vou forcar a memoria.

So agora consigo identificar o que eu sentia ano passado, neste dia. Era o bater de portas ao sair para nao voltar. Contentamento pelas feridas que eu sabia q conseguiria cicatrizar, pelo claro caminho que se anunciava. E mais uma vez, como no primiero ano de vida da criatura mais importante do mundo, vi o relogio marcar 00:00 emoldurado por fogos no ceu e com seu coracaozinho nas minhas maos. So eu, ele e a renovacao do desejo de tudo dar certo.

E os desejos continuam os mesmos, talvez menos desesperadamente desejados, mas sao os mesmos. Eh como na cancao. Eles continuam no mesmo lugar.



Que eu e voce, que le isso agora, sejamos felizes, nao porque um novo ano sera marcado no calendario, mas porque somos vida, e vida nao pode ser desperdicada com sofrimento e o nao vir a ser. Nao merecemos e nem podemos esquecer do nosso compromossi com a intriscica felicidade em nos.






Lista secreta dos desejos publicos/09:






*emagrecer 10kg



* ser concursada do judiciario



* ter um bom namorado apaixonado por mim



* ser uma mae melhor



*tirar habilitacao



*comprar um carro.....









vou esconder de mim este post e soh ler ano que vem. vamos ver qtos desejos foram alcancados.



terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Sobre a idade nova


Ha exatos nove minutos dos 32 anos. O que mudou nestes últimos aniversários? Ainda lembro, ainda sinto a dor, o sal que rolava no rosto no tempo da terapia, na porta dos 30. Minha idade cabalística. Minha meta e meu temor.
E agora os trinta e poucos anos chegaram. Incrivelmente nada dói tanto como há 24 meses atrás. Algumas dores são apenas lembranças. Outras me fortalecem a cada dia. É como na musica: “a cada milagrimas sai um milagre”
A vida tem sido mais mãe do que madrasta. E eu que sou uma insatisfeita contumaz, às vezes vejo meu desejo sendo frustrado. Reclamar do que agora? Se aos 30 meu desespero pelo ideal não atingido era inquestionável, o que posso dizer das tantas vitórias, tantas alegrias e superações dos últimos 2 anos?
Engraçado. Só agora me dei conta. Normalmente os balanços de idade nova revisam os últimos 12 meses. E eu só penso em tudo o que me transformei e construir nos últimos 2 anos da minha vida. Do alto da minha estabilidade financeira, dos salários mais pomposos (mas quase nunca os mais bem investidos) do meu micro circulo de amizade, da maior clareza das minhas neuroses, do rompimento com uma relação viciante e fracassada e da minha nova mania de consumo (info-eletro), preciso reconhecer, não estou nada mal para quem só começou a viver aos 30. E eu tola, morrendo de medo dele. Se soubesse teria feito um atalho a partir dos 15.
Amanha, ou melhor, daqui a pouco, tem que ser especial. Eu quero, eu mereço e vou fazer isso. Alimentarei a alma, o gozo, o coração e ate o estômago. Vou beijar, vou rir, vou me fazer bonita, principalmente pra mim. Isso é um marco, todo dia o é se nos propomos a mudar. E não posso desmerecer o esforço que tenho feito para isso, mesmo que haja dias em que o melhor mesmo é se deixar levar pela maré.
Eu cresci. Ainda cresço. Já dei o start em 2008. E ele será melhor do que o bom e já velho 2007.
Estou chegando lá. Há 32 minutos nos 32 anos.

Numa quinta dessas...


No azul, bebendo a praia. Comendo a onda. Ou, com skol beat e batata chip's vou de exilio voluntario. Solidao? nao. Escolha de me ouvir.

O cenario ficaria noir, perfeito para meus caprichos de solitario se o sobrevivente da montanha ou o da beira-rio estivessem por perto. Mas estou so. Isso eh bom. E mesmo que eu estivesse gravida nao seria ruim. Tenho o vil metal e por esta semana, ele me basta.

Abaixo as ideias, ideias, planos desastrados e fora de hora (ah mas como seria bom o inesperado). Por que esperar cansa, gasta a beleza. E porque correr o risco de perde-la quando se ja tem pouca?

Vou pedir a conta e ir pra casa, amanha comeca tudo outra vez. Dia novo. Para uma nova vida.


Perdao a quem possa interessar os post's daqui por diante. Meu teclado esta em greve e me furtando os acentos...nem tudo pode ser algo proximo do perfeito mesmo....


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A algumas horas de te ter

Penso e sonho que já estou no dia marcado. Ah se eu pudesse te laçar ou pular pra ti, Quinta...
Nem sei se vale tanta ansiedade, tanta expectativa. Nem sei de mim, de nós. Apenas sinto e vivo esses dias como a passagem para um momento melhor. Te ver definitivamente virou prioridade. E o que era prioridade já se esvaziou.

"Vem molhar meu colo,vou te consolar. Vem mulato mole Dançar dans mes bras. Vem moleque me dizer onde é que está. Ton soleil, ta braise"

Ligeiramente inebriada por tua lembrnaça novamente

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O escrito pelo não dito

E desejo falar. Comunicar a quem.. .tudo o que já sou e o que desejo vir a ser.
Pensei em ligar e me abastecer da ansiedade, do nervosismo que até pouco tempo era o centro da minha louca vontade de me perder. E vem o que não sei mais calar: Pra que, se não me cabe mais o vestido?
Larga o celular. Desliga-o de vez. É inútil esperar quem não sabe o caminho a percorrer. Tenha certeza que se eu soubesse a estrada, já teria me lançado nela.
Sabe de uma coisa? Não quero deixar mais por sua conta. Quero minha conta telefônica com seu rastro, marcada e comprometida por você.
Faz o seguinte, deixa de lado a "amiga" que não se quer e veja, mesmo que na foto; esteja perdidamente aqui. Sempre, todas as horas em que a janela mágica se abrir. Ou é você que a faz assim?
Então. quando vais me dar tua voz?
Só não esqueça que 2008 está pra começar.

sábado, 25 de outubro de 2008

E espera.....

Mais um sábado à noite em casa. Isso me faz lembrar onde não queria estar. O que não queria sentir.
Estou esperando quem nunca vem . Alguém que nem sei se teria razões de voltar aqui.
E o filme lindo que vi, só me fez sentir mais auto-piedade, pena pela solidão.
As imagens conseguiram me levar a um quase cheiro. O toque no rosto. O roçar de barba que apenas machuca a imaginação.
Ai renovei minha promessa de que, na próxima vez, serei mais atenta, mas entregue a meu amor. A quem se apresentar como.
Não entendo porque me deixo ser vulnerável apenas às porções dolorosas do desejar.
Maldito e-mail. Bem ditas linhas. Porque me fez lembrar que render-se ao enamoramento - ainda que em sonho - é o que colori meus dias automáticos.


Mil "merdas" só para ver se apareces... E salva a noite. E salva os dias.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Tarde inaugural

Como é só estar se tornando mãe (ainda aos poucos) após quatro anos de ter parido?

Ainda não tenho resposta para isso. Talvéz (é quase certo) que eu a tenha, mas reconhecé-la é tão doloroso quanto parir, novamente.
O que mais me doeu, quando fazia terapia, foi descobri que até ali, eu tinha escolhido ser a filhinha da mamãe. E me mantinha assim, como qualquer outro ser que permanece no "erro", por que tal posição me assegurava benefícios. E que benefícios. Não precisava lavar, passar, cozinhar ou abdicar de muitos luxos, pequenos luxos, que as mães parecem não poder ter, por no mínimo nos dez primeiros anos de vida dos filhos. Soninho de beleza aos fins de semana, bebericar ou prosear com as amigas num fim de tarde, e por ai vai....

A principio parece que não houveram mudanças substanciais. Ainda hoje não preciso me preocupar com boa parte do trato com ele. E o trabalhar enlouquecido tem me dado álibe para isso. Pode até ser tudo isos e mais um pouco, mas hoje, hoje fui MÃE. Fui provedora, responsável, durona. E também, feliz, atenta e muito, muito carinhosa ( e receber beijinho com sabor de manteiga na ponta do nariz é bommmm).

Meu primeiro passeio a sós com meu filho. Precisei esperar 4 anos até me sentir pronta para isso. Precisei de muito choro, muita briga com o Genitor, muito trabalho e muita grana (nem tanta grana assim...rs) até chegar a tarde de hoje.

Minha avaliação é que nos saimos muito bem. Aprendemos a nos termos mais perto, sem terceiros que nos medie. No escuro do cinema, me permiti desligar tudo e só namorá-lo, comendo sua pipoquinha. Mesmo com aqueles óculos 3d rídiculos que só me deram dor de cabeça (e apreensão por achar que meu olho direito não estava "funcionando"), o momento jamais vai se perder. Não poderia ficar mais bem enquadrado.

A melhor parte do incofessável é que não fui movida por sentimento de culpa em função das farras e despesas pessoais. Foi só desejo de te-lo apenas pra mim. De ser apenas dele.

Estou um pouco mais no vermelho. Mas o que é o vermelho se não a cor da paixão. De um coração bem grandão, aprendendo ser, efetivamente, um coração de mãe.

E o passeio findou quando carreguei o principe da carruagem para minha cama. E não é que tinha um sorriso de satifasção no rosto adormecido dele?

Amanhã tem toda pinta de ser um dia mais completo... pra isso que a cada dia re-escrevo com o Victor.


Te muito, muitas coisas, mamaia. Inclusive, amo!
Letrinha do dia: "Há quanto tempo conheço você. Ou, há quanto tempo eu ainda vou precisar. Eu dependo do que não entendo. Eu pretendo apenas que você saiba que esse é meu amor"

domingo, 28 de setembro de 2008

Mais uma dose


A vida em suspensão é sempre intragável para mim.

Ou o dinheiro já se tornou meu dono. Ou minha felicidade é justamente caro.

Ah, tenha pena de mim, Pensamento. Deixa de lembrar a falta e passa já para o contentamento.

Deixa estar. Pra minha segunda falta quase nada...

E tudo continua ser peleja. E quem gosta da mansidão???
Estou de saída. Minha lucidez reclama uma dose de alegria etílica.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Depois da espera...

O desejo foi atendido. Me perdi em profundo verde na horizontal. Outras margaridas residem nos pequeninos olhos de alguém. Como a mágica na infância, senti um calor cumplice que atrai os corpos para um abraço, profundo, silencioso. Quis me afastar. Era algo entre o medo pelo inesperado e o desejo de que, após glacial solidão, aquele porto fosse meu, mesmo que por instantes.


Entre minhas sinceras bobagens te disse sobre minha mistica do número três. É bem possível que ela se mantenha, mas fui feliz. Fomos entrega. E isso já faz desse suposto último momento, o mais intenso e gozoso momento. Te desafio. Me desafias. Algo me diz (ou eu desejo) que o 3 não é o final.


Não disse, só dissse com o olhar, que supor tua imagem me inquieta, tua presença me esqueta o corpo. E meu sorriso quase compulsivo só cerra um dos recônditos que suplico pra você preencher. Não o mais molhado, nem o mais latejante por pensar em te devorar.


"Gosto disso", proclamei. Embora não tenhas perguntado do que, te berro aqui. Gosto da construção da intimidade. Gosto do que vejo - e não entendo - no teu olhar. Gosto do cheiro e sabor, da maciez da tua pele. Das gotas de suor que derramas sobre mim, elas parecem me purificar do cansaço e mazelas que professo sobre meu dia. Gosto dos carinhos infindáveis nos meus cabelos. De ter flagrado teus olhos que, mesmo fechados, diziam que me roçar na tua barba era a forma mais deliciosa de nos perder. Gosto por ainda gostar de ti descobrir, continuação essa tão rara em mim.


Delírio foi te ouvir respirar no meu ouvido, dizer palavras delirantes entrecortadas pelos meus gemidos. Desprender-me, esvair-me em você por perceber que te levei a outro plano do que temos. Ver seu prazer já era meu melhor prazer. "Vou te fuder" nunca foi tão transcendental.


Subestimar o outro e a mim própria tem sido meu exercício quase diário. Muito me surpreende ver que embora longe de ser o intelectual dos meus sonhos, soubestes entender minhas meias verdades, em meias palavras, meia sanidade.


Eu que não sei nem como usar teu nome, precisava te falar: Foi um grande exercício e te agradeço por isso. Quem sabe minha hora está chegando. A página está sendo virada e nada a fará voltar.


Se é verdade que não há como a plenitude do gozo com a pessoa amada, a fraqueza do corpo, o expandir da alma, o que posso dizer do meu quase morrer de prazer que prescindi das dores e vendas da paixão?


Valeu ter ido pra cama, nessas últimas noites, me contorcendo de tesão e frustração por não te ver. Foi mais um encontro... muito especial.




sábado, 23 de agosto de 2008

Minha primeira vez enquanto mensageira de óbito. Ainda estou em suspensão. O grito lanscilante da interna ecoou por horas em meu interior. A bem da verdade, ele empregnou a minha manhã de incertezas, ou melhor, de certezas sobre a finitude. Na tentativa de suportar a dor, simulei a imagem que nenhuma mãe deseja ver. Mais mórbido que isso possa parecer, brinco com minha dor, a subestimo, para que um dia ela não me destrua. Sempre foi assim. Mas não sei se isso funciona.

Quem teve culpa?
O outro, quando estou insano pela dor. Sem meu chão, sem amparo. Eu, quando não me alivia odiar o outro.

E mesmo depois de muito jóio e pouquissimo trigo, muita insensibilidade e quase nenhuma empatia, concordo com a "pérola" revelada naquele momento como "predestinação". Sim, é uma desesperada necessidade de conforto (quem não precisaria disso numa hora dessas???), embora também acreditar nela seja voltar a culpar/atribuir ao outro, ou ao Outro, eventos que muitas vezes estiveram sob nosso controle.

É verade que há acontecimentos que mudam todo o processo onde estamos inseridos. Mudam vidas por completo. Como meu trabalho e toda essa insdisposição entre "concursados" e "temporários". Como a perda de um filho e o grande vazio deixado pelo não mais existir.

E depois do inesperado, parece que só pode haver uma menssagem, supondo-se que há uma. Assimilar a mudança é imperioso. Mesmo que doa, mesmo que te leve rumo ao desconhecido. E o que me consola é que no desconhecido pode haver felicidade.








"Para uma alma que não conhecerei"















segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Melissa - All star

A Persona casou-se. E foi lindo, como todo casamento merece ser. Os amigos, as famílias e boa parte do mundo dela e do Richard estava presente.

Na verdade, vê-la subir ao altar, os sorrisos plenos e com amor só foi a coroação do dia. Nos construimos, rimos e tiramos maior sarro da tão decesiva hora que a guardava. E os nossos sorrisos também forão plenos. Chegamos juntas onde nem poderiamos supor, há alguns anos atrás. Um casamento, 1 filho, outro a caminho e vai saber lá mais o quê daqui pra frente.


Filmei cada gesto, cada suspiro (e até as fungadas - oh hábito maldito, amiga!!!) que ela deu ali, de joelhos, com olhos de admiração; com toques de admiração por ele, pelo o que construiram até aquele justo instante. Nunca vi minha amiga tão linda, e não apenas porque enfim a vi maquiada como uma diva. Era a certeza e o amor que lhe fizera assim, iluminada


Eu que sempre choro em casamentos (ok, admito, sou 100% piegas) nesse contive-me. Não só por desejar preservar minha make-up "carerrima", afinal ficaria para posterioridade a cara borrada da madrinha, mas principalmente porque era necessário guardar as imagens de forma límpida, com brandura mas filhas da, novamente, certeza.


O todo é diferente da soma das partes. Já me disserem isso na tradição Humanista. Mesmo não entendendo essa afirmação na maior parte do tempo, acho que foi isso que presenciei ontem. Nada de brigas, nada de choro. Nada que podesse lembrar as horas de dor (física e psiquíca) que testemunhei ela sentir. E tudo que eles escreveram de ruim nesses últimos anosfoi transmutado. Foi sobre isso que nos dizia o celebrante. Vai ver testemunhamos a unificação de dois em um que, bem lembrado,não teve hora marcada pra começar.


A canção não acabou. Sherole (é assim que escreve???) foi só o ponto de partida. E mesmo depois da brancura, do all star, dos cristais e do tango, muito ainda de certo e errado há de passar por eles. Em mim, o mais importante de todo esse ritu foi ser lembrada por eles, acreditar, nem que por um segundo, que vale/valerá ser encontrada por essa força (ou alucinação coletiva?). O amor.









sábado, 19 de julho de 2008

Semi-aberto é quase-fechado

Abre os teus armários eu estou a te esperar
Para ver deitar o sol sobre os teus braços castos
Cobre a culpa vã ... até amanhã eu vou ficar
E fazer do teu sorriso um abrigo.

Canta que é no canto que eu vou chegar
Canta o teu encanto que é pra me encantar
Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz, tristeza nunca mais

Mais vale o meu pranto que esse canto em solidão
Nesta espera o mundo gira em linhas tortas
Abre essa janela, primavera quer entrar
Pra fazer da nossa voz uma só nota.

Canto que é de canto que eu vou chegar
Canto e toco um tanto que é pra te encantar
Canto para mim qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz. Tristeza nunca mais
.
Há muito não sentia vontade de escrever. Até confidenciei ao meu amigo de Blog, William, que o tesão pelo Sentimentalidades, ou melhor, por escrever aqui, tinha acabado, sumido. De uma forma muito acolhedora ele disse: é uma fase [grifo meu]. Bom, se era, assim como veio muda, foi sem se anunciar. Embora eu ainda não esteja certa de quando ou se ainda virá outro post depois desse, o que importa é que o Sentimentalidade deu um suspiro. Eu quis voltar.
Muita coisa aconteceu no meu mundo real nesse tempo de ausência daqui. A vida profissional vai indo, quase sempre, bem, produtiva. Acabo de me tornar funcionária pública, mas ainda não acredito como pôde ter sido tão fácil. E louca me pergunto: Será que vou conseguir passar 25 anos no mesmo lugar???? ah, tá, era a tal estabilidade que eu tanto desejava. Por isso continuo dizendo, cuidado com o que você deseja, Mônica.
Finalmente comecei a malhar. Finalmente consigo falar com meus ex-marido harmoniosamente, mesmo que pelo msn. Finalmente me permito receber telefonemas masculinos na frente da família - é, e isso já estava virando luto eterno por um defunto vivo. Finalmente esboço uma saída da casca.
Chorei por quem não beijei, quis salvar quem talvéz não tenha salvação. Fui forte, me disseram isso. Descarreguei a bateria do celular numa madrugada de domingo.
Foi tanta novidade que serei madrinha de dois casamentos num período de 3 meses, e tia postiça de um temporariamente baguinho de feijão. Mas o que não muda é a sensação de falta, de que algo foi esqeucido, deixado pra trás. Longe de querer ser piegas ou uma tola carente, ainda pouco, quando ouvia a saculejante Maria Rita cantando "casa pré-fabricada", pensei: Falta abrir as janelas para o ar entrar. Uma rajada dele. Tola não sou eu, são as esperas do meu coração... que nem sabe a quem espera.
E de repente, uma comoção me tomou. Com ela também o acalanto de que tudo vai mudar e "tristeza, nunca mais". No fundo, sou uma apaixonada pelas passibilidades.
Tá. Não sou tão "triste" assim, mas igualmente comprometida, sou indiferente, tenho estado vazia, com olhos perdidos pela cidade, imagens, viagem.
Mas fui feliz, fui esperançosa, fui reconfortada. Fui isso e o sorriso de canto de boca quando a música acabou.
Vou cantar, por que se meu canto não trouxer alguém especial, passível do meu suposto amor, talvez me traga de volta, me faça novamente sensível ao mundo. Me preencha do melhor de mim. E quem sabe assim, fique garantido a existência das Sentimentalidades Todas.

domingo, 1 de junho de 2008

Espiando


Quando meu contador muda os dígitos, quando ele me diz que muitos já estiveram aqui, ou que há outra pessoa comigo, por meio dos insanos e confusos rastros que deixo, fico tentando imaginar porque também eu seria alvo do bisbilhotar alheio. Justo essa vida que digo há tempos ser monocromática?

Como sou vista? Como sou interpretada? Sou simplificada ou incompreendida?
E por mais que as linhas sejam melimetricamente construidas, que eu tenha o cuidado de amplificar/clarificar tudo que sinto, nunca, nem um de nós aqui, inclusive eu, teremos a certeza do que sou ou como estou. O que fica com o exercício da escrita é apenas uma representação, uma inferência de como tudo tem me atravessado, e o que suponho estar aprendendo com a materialização das idéias.

Pensando assim, os giros constantes do contador nada contam, posto que isso é a história de um, com vistas para todos, por mais que se deseje o confronto com o outro.

Nesse instante lembrei que é justo o esquivar-se das interferências no tangível que me trouxe aqui.

sábado, 31 de maio de 2008


"É o começo do fim. Ou é o fim???"
Partiria, se estivesse chegado. Me recolheria se ou menos tivesse ido em direção.
Mas ficou um gosto amargo de derrota por não se ser o ideal que só existe nos olhos de quem vê. Não em mim, não em você.
É preciso olhar mais atentamente, amar mais honestamente. Reconhecer o belo na fera, até mesmo se ele for o Corcunda. Quem não tem desvios????
Mas eu já esperava, porque meus sonhos duram o tempo de um relâmpago. Será que não são bem sonhados, acabados, definitivos, focados ou foi...
Que venha a próxima chance de relampiar neste céu que quase chora dentro de mim.

domingo, 25 de maio de 2008

Guarulhos-Val-de-Cans

Penso que podemos estar brincando demais com nossas vidas. Fazemos pouco caso das dores ditas superadas, das noites em que o sono não veio, dos dias em que um novo dia não se iniciou.

Depois de minimizar quase tudo que emana do que somos, nos atiramos numa falsa busca por uma certa salvação. Inventa-se novas formas de falar, ver e desejar. Inventa-se alegrias, interesses, paixões. Mas o botão desliga e o entorpecimento se extingüi. Outras caricaturas de doação precisam ser acionadas. Outras que possam fazer o caminho mais suportável. Pelo menos, é nisso que se acredita


Diz-se também querer amar, não apenas trepar. Mas a gaiola que nos aprisionou, começo a crer que nunca foi criação alheia. Jogamos - ainda tende-se a jogar - nossas chaves fora, nos entrelaçamos nas grades, resistimos até a última oportunidade em nos multiplicarmos no contato. Só pode ser verdade de que o inferno são os outros. Afinal, foram eles que não se sentiram casal.


Perguntar se alguém está pronto para flertar com o mundo la fora é querer esquecer da banalização de nossas queixas e solidão. E fazemos o não - ainda - nos cair muito bem.


domingo, 18 de maio de 2008

Blindada

E lá pelas tantas veio a pergunta - desnecessária pergunta- da qual todos os recantos de mim se desviam. "Então, você está blindada?"

Quando já me preparava para um explicação de efeito, daquelas que torna nossa inteligência uma entidade inconstetável, eu congelei o instante: Vale mesmo tentar escamoetear os neon garrafal em minha testa?

- É, gostei da minha mais nova definição. Blindada. Me confere força e austeridade, não achas?
[risos... de mim mesma, é claro]


Tenho mesmo que bater palmas, e de pé, para os meus amantes furtivos. Não sei se sou tão clichê ou eles, diante da minha perturbadora (?) profusão de dúvidas e certezas é que vão tendo insights e me ajudando, involuntatiamente, a me ver melhor. Abaixo à percepção turva, e daqui há um tempo, abaixo também ao disperdicio de energia...e você sabe, para um bom entendedor, meia frustração basta.

Digam a todos que ando por ai com minha roupa Prada de mais nobre blindagem. E o brilho dos metais nunca estiveram tão na moda por aqui. Eu estou na moda, ao menos.

Veja, não é meu interesse fazer apologia ao fechar de portas, nem ao menos considero esso meu melhor estado, mas, diante de tudo o que passou, desde a primeira noite de fossa pelo garoto da escola, fico me perguntando se não é melhor estar metálica a ser o patinho feio das emoções, que nunca - não ainda - acha os seus pares.


E não consigo me imaginar sem elas, as desculpas, que conto aos milhares, tentando justificar minha real falta de interesse em me dividir, me revelar para alguém. "Preciso mesmo ir ver meu filho. Viu, isso é uma das blindagens"

Interesante, diria irônico, é que quando menos quero, quando menos brilha os olhos, Eles tendem a me buscar. Parem, isso é uma falsa felicidade, não me serve de quase nada, a não ser me proporcionar pseudo-segurança, peseudo-interesse... pseudo-tesão.


As máscaras estão desbotando. O carnaval este ano nem chegou. E a urgência pela verdade tem deixado o azul-petróleo tão melancólico, como o daquele céu, do último quase-querer. Sem dúvida, é hora de mais vermelho, nem que seja também de dor.



sábado, 10 de maio de 2008

Equilibrando Pratos

Até quando os suportarei em seu sinuoso rodopio?
Os pratos que equilibro são inúmeros, nem sempre leves, nem sempre se prestam ao meu número. E vão cair...


Hora de acorda, hora de produzir, hora de viajar, hora de dormir. E depois?

Depois, tem ficado o sensação de "esqueci do que agora?"


Desacelerar é preciso. Dar conta de tudo e todos, também. Não é isso que chamam de vida moderna, novos papéis femininos?


Neste meio tempo de ausência da escrita (em mim, de mim e para mim) muitas possibilidades de novos pratos para equilibrar surgiram. Não estou bem certa se suportaria, se estou mesmo pronta para novos desafios. Não sei se os quero ou só finjo querer. Apenas que sei.


Não posso simplesmente jogá-los no chão, nem tampouco exíbi-los. Ainda não domino tal técnica. É preciso relembrar do tempo onde todo malabarismo era prazeroso, sinônimo de plasticidade e superação. Não, não me diga que o certo é simples. que o lugar deles, os pratos, é no chão. Não pense que se pode simplificar o complexo.


Há tempos distante não só daqui, mas do descanso, da serenidade, vou contando estórinhas e construindo esconderijos para meu anseio de tempo. E há tempos quero uma substituição. Posso ir para o banco treinador?


Ando contando os dias para viajar. "Porque o viajar já é mais que a viagem" e a fuga sempre carrega em si a busca por um lugar melhor.

sábado, 12 de abril de 2008

Triangulos. Ou 'Hora de Voltar'?

"Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Ou quando começa: certo susto na boca do estômago. Como o carrinho da montanha-russa, naquele momento lá no alto, justo antes de despencar em direção. Em direção do quê?"


Caio Fernado Abeu








Sempre espero pela gota que parece ser a que encherá o copo. Mesmo esperando, quase sempre trasnbordo-o na hora errada, ou, pela causa errada. Estando etílica demais, sou períta em criar tormentas em cálices. Porque as lágrimas verteram, e elas realmente verteram, não sei ao certo, mas ando tão cansada dos caminhos nos quais meu coração se perdem, tão cansada da impressão de que é sepre o mesmo atalho errado que escolho que chorar foi até compreensivel e acertado.


Valeria um pouco mais de emoção nesta vida desbotada, se ela for semelhante as incostâncias e incertezas do passado?
É, ao pedir aos céus que realize seus desejos, certifique-se das intrepretações possíveis para sua frase silenciosa.


Antes de sentar aqui e me rasgar o peito um pouco mais, ou só por isso, li uma frase, que minha culpa me fez deduziar q seja direcionada a mim - "chega de dúvidas. incertezas até quando?" - e que inevitavelmente me fez pensar o quanto cruel - e belo só no cinema ou no blog alheio - podem ser nossos desencontros amorosos; o desejar quem não te deseja; querer quem não te vê, ou pior, que só vê outro alguem.


Tive, continuo tendo, medo, muito medo de que esta noite tenha sido um grande sinal do destino: - Ai, você processegue ou desce nessa estação, novamente?


Quando já não tinha esperanças de receber uma ligação, quando já não tinha mas medo de sua aproximação nem tampouco dúvidas de que o melhor é não retomar velhos sonhos... eu me surpreendi.





Há homens que me arrebatam sem que eu possa lutar contra, me deixam em suspensão, só a esperá-los, que me seduzem por serem indecifráveis.
Há palavras que nunca deveriam ter nascido para presentear o outro.
E eles, cada um a seu modo, zanzam ora em minha mente, ora em coração...
Mas, resumo dá ópera: quem tem dois, não tem ninguém.
E continuo invicta!!!




Letrinha do dia: "Não perca o tempo assim contando estória, pra que forçar tanto a memória pra dizer que a triste hora do fim se faz notória, e continuar a trajetória é retroceder..."



sábado, 5 de abril de 2008

Do que me proporcionei

-Sabe o que o dinheiro pode comprar ?
Sorrisos, piadas, falas desgovernadas que não dizem nada. Beijos, pegada e pseudo-tesão.
Mentiras sinceras, meias-verdades e vulnerabilidade.
Carinho, língua, mordidas. Besteiras, tédio e sono perdido.

Meu mundo por seu silêncio. Meu ar por suas mãos. Meu tesão por sua ereção.



Muito dito. Muito gargalhado. E continuamos na superficialidade. O que eu quero?
Bom, isso é tão complexo e ao mesmo tempo simples de responder, mas ainda não descarto ser o desejo de ter alguém - aparentemente sempre disponível - para, vez por outra, beber, tagarelar e ainda beijar (comer também deve estar nesta lista de meu quase-livro de cabeceira).
De certo, não podemos mudar. Não podemos me dar. E onde se para assim?
Quem sabe, numa sala de atendimento, desafiando a ordem e os bons costumes, em prol de nosso prazer. Não posso perder de vista a possibilidade de descapitalização. De demissão.

Até quando brincar é só brincar?
Até quando se pode sair ileso?
Até quando a brevidade me seduzirá?
Até quando - e por que - continuarei querendo?




Eu que só queria ter com o que me destrair nas madrugadas escuras, silencioasas e tão reveladoras de mim, ontem me recusei a ofertar a você, mais alguns instantes do meu pensar. Quem sabe assim, minha integridade possa ser preservada. Se ela ainda existir.




domingo, 30 de março de 2008

Desabores dominicais


Eu que digo "não quero" já querendo...

Eu que lembro a todos e a todo momento que meu tempo já não é meu...

Eu que tranquei a porta deixando a chave do lado de fora...

Eu que saio pelo mundo em busca do desconhecido, só desejando o Conhecido dos meus sonhos...

Eu que sempre troco o certo pelo inacreditavelmente duvidoso...

Eu que deixo de olhar para o lado, para meu Cheiro de Lavanda...

Eu que só desejo um toque especial na nuca...

Eu que hoje me odiei tanto por barganhar sua atenção...

Eu que me dei conta que já fazes parte demais dos meus pensamentos...


Não sei mais de mim.

Não me quero mais assim. Não querendo mesmo.


Domingo cinzento não só no céu.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Uma pedra no caminho?


Meu mundo caiu.

Menti. Já não sou tão crédula que alguém, neste momento, valha tanto assim. Não acredito que haja quem se mostre tanto - alguém quem eu possa desejar tanto -que eu possa lamentar sua partida. Não agora.


É bom supor que ainda, ou só agora, estou inteira, erguida. Mas me causa estranheza tanto distanciamento, tanta falta de passionalidade. Que não seja desesperança. Que seja apenas seletividade.


Pobre de quem deixou-se visitar pelo passado, que me pareceu, aterrador e tão presente ainda.


Quanto a mim, cheguei a resposta do questionamento do dia. Nas manhãs que passam em velocidade reduzida pelas janelas de nossos mundos particulares, mesmo que o caos seja lá fora, há a promessa de mais uma chance de buscar por algo que realmente faça sentido. Ou é nisso que quero acreditar para prosseguir até você chegar?

Um riso de quem continua andando solitária e calmamente, se distraindo ao chutar as pedras do caminho. E continuo.

Letrinha do dia: "in my place, in my place were lines that i couldn´t change. I was lost. I was lost, I was lost crossed line I shouldn´t have crossed..."

"Em meu lugar, em meu lugar eram fronteiras que eu não poderia mudar. Eu estava perdido, Eu estava perdido. Eu estava perdido, perdido, ultrapassei barreiras que eu não deveria ultrapassar ..."









quinta-feira, 20 de março de 2008

Dos quereres e das mudanças


"Por amor ou euforia, tudo de novo, eu faria..."


Sou de extremos e incostâncias. O meio termo e a perenidade ainda não me pertencem, ou, sou eu que não lhes pertenço. Não que eu tenha orgulho disso, afinal, continuo achando que eqüilibrio e constância são metas pessoais a serem alcançadas, mas é fato que, este meu extremismo e intensidade (não-constante) já me renderam bons frutos. Até o mais preciso que eu poderia desejar.


Bem, tem me parecido que ando cometendo novamente exageros. E não só na alimentação. Talvéz, sobremaneira, nos sonhos e desejos.

Tenho desejado muito ter R$30.000,00 para comprar um carro. Tenho sonhado, quase que diariamente, como o apartamento próprio. É, tem que ser ap. Nada de areia em casa ou cachorro latindo no quintal. Tenho suspirado por férias de mim, preciso me livrar da rotina sem me sentir culpada por isso. Acima de tudo, ando caçando - e racionalizando - paixão. Dessas que te tiram de rota, faz das manhãs as mais coloridas, mesmo em dias de chuva. Dessas que, para meu desespero de excessiva controladora, não poderia ser racionalizada.


Mas, infelizmente, o meu desejo de ser arrebatada é porporcional ao meu nível de exigência (?). Tudo bem que acabo não conseguindo externalizar essas exigências todas, mas, por menos que eu queira reconhecer, sei quando um encantamento não terá efeito prolongado sobre mim. Quando ele não é capaz de aprisionar todos os meus sentidos. Quando, no meio da conversa, por alguns milésimos de segundos, minha atenção se perde para escutar a voz interior: Não, ainda não é isso que se quer...


E eu me tornei expert em ouvir esta voz.... e não acatá-la. Ainda é muito presente esta sensação que tive com o Passado. Sua conversa entediante que me desinteressava, suas ações conflitantes com meus desejos - elas não reconheciam meus desejos - e aquela auto-imagem de pontos brilhosos se desprendendo do meu antebraço....É, sei que isso fica parecendo quase uma alucinação, mas esta dita "imagem" sempre me veio a mente quando eu estava tristemente resignada, mesmo antes de conhecê-lo. Agora, até isso quero mudar na minha vida. Nada mais de pontos brilhando. Vida nova, materialização nova do descontentamento. Ou melhor, nada de descontentamento!


O que desejo agora?

Desejo que as atitudes e movimentos dele não me causem desinteresse ou sensação de desasjuste ao meio. Tá, ok. Admito que de alguma forma, isso já ocorreu. Já estive com ele e prestando só atenção à voz interior. Os homens, a meu ver, são exímios na arte do decepcionar. Admitir?, tá denovo, admito que não posso culpá-los completamente , já que as escolhas são minhas, o padrão de escolha romântica é meu, mas, bem que eles poderiam me fazer esse favorzão de não se comportarem de forma patética, egocêntrica ou como meninos de 12 anos. Senão, embora eu não aprecie uma pele curtida pelo tempo, vou ter que acabar virando abacaxi. Será que com o passar dos anos eles mudam?


Então vou te dizer novamente. Não sou um amigo, ou apenas isso. Você não é meu paciente - ainda bem - pois não beijo nem penso em dar para meus pacientes. Não negligencie minhas investidas e charme feminino. Não negue-se a me ofertar um trato cavalheiresco acompanhado de um olhar "Acho que vou te comer agora...". Desta forma, sem muita frescura, pois isso não combina comigo, quero que você me trate como uma mulher, e não apenas como alguem que, como você, gosta de butecos.


Vou te levar, mas sinceramente gostaria que você me levasse.

Saudades do seu cheiro, óculos, boca e mãos branquelas que ainda não me enquadraram devidamente...

segunda-feira, 17 de março de 2008

Ontem fez o hoje assim...


Não sei ao certo, mais parece que não sou a única nem a menos incostante nesta vida. Ora rir, ora chora. Ora ama, ora nem tanto. Arrependimento. Culpa. Cafajestice. Bipolar???


Às vezes desejo muito saber as reais motivações do outro, saber sobre o que lhe vem a mente. Ai me lembro: Cuidado, seus sonhos podem virar seus piores pesadelos. Já imaginou nunca ser surpreendida???


O que se quis dizer quando não se escreveu aquele vocativo? O que significou não mais querer vê-lo por ter sido demasiadamente bom?


Minhas dores são cada vez menores em sua intesidade. A cada nova espera, a cada nova desilusão, me revisto de algo capaz de atenuar minhas perdas, que, no entanto, me faz perder o viço do olhar dos ingênos, dos crédulos. Acho que era disso que os amores do passado falavam: Cadê seus sentimentos, menina????


Agora mesmo olhei para o celular. Pensei em ligar, mas, para dizer o quê? esperar o quê? Na dúvida, não se precipite ou crie situações que não são do seu desejo. E o desejo, sempre ele me rondando....


Passado o momento de lucidez, continuei a pensar nas frases possíveis... hahaha. Só eu para me expor desnecessariamente.


- Melhorou? Tudo legalzinho hoje????


Tudo, tudo legal para quem não possui a real dimensão da enrrascada em que pode se meter....


Desejo, mas me contento com o que houve. Lembranças são boas companhias. Eu sei que este apreço é pelo fato delas não me serem ameaçadoras. Não machucam, não deformam atitudes e intenções.


Sem mais o que pensar, fico feliz pelo significado deste passo. A cada novo dia, o caminho de volta fica mais improvável e distante. Amém!!!!!



O Jogo que não quero jogar

A mulher de 31 anos que me habita quase sempre me abandona quando os jogos dos adultos são iniciados.


Estratagemas, esperas e dizeres cautelosamente dispostos não são e nunca forom a minha especialidade. Para mim, o jogo só se configura como tal quando não o estou jogando. Aos mais desavisados ou aos supostos caçadores, minha desatenção pode aparentar pura valorização do passe. Ledo engano.


Quando não ligo é pura vontade de não falar. Quando não saio é mesmo desenteresse gritando. Quando não transo é você não foi capaz de apertar o botão. Mas quando tudo isso é mais um pouco acontece, é porque já me perdi...


E nos tempos menos criteriosos, cheguei a dar várias chances para o que já começava mal. Pensava que era medo de fechar de imediato as portas para algo preciso, ou no mínimo, excitante por conta de 1 ou 10 incompatibilidades ( e que esforço quando isso envolve gozo). Agora, passada algumas tempestades e em frnaca reconstrução, vejo que aquele medo era por algo muito mais constituinte do eu do que do nós. Medo de não ser o desejo do outro, por exemplo, diluiu-me em mundos alheios que quase nunca me interessavam verdadeiramente.
Hoje, sabendo-se um pouco mais o que se quer, e sobretudo, o que não se quer mais, consigo entender melhor os que atravessaram minha existência. E também consigo perdoar aquela
que fui ainda ontem. Se não me engano, está ai o verdadeiro aprendizado: síntese, generalização e reprodução.
E ainda, eu te perdou Passado por ter demorado, mesmo que em demasia, para me apresentar seu mundo (amigos, casa, cama...). Nao, não farei como você, afinal foram justamente diferenças abissais que nos separaram, mas eu juro, agora sei exatamente de tudo que você nunca pronunciou, mas comunicou. O medo agora é de perder-me no outro, no estranho. Perder meu templo, meu reino, minha casa. Igualmente medo, que pode paralizar...
Então o que se quer e o que se tem é quase sempre diferente do que se diz. Eu já sei. Há o tempo de mostrar e esconder. Há o tempo de catavento e de girassol.
E a mulher de 31 anos volta para casa quando sabe porque é desnecessário jogar. O que se quer não pode ser dissimulado nem tão pouco dado em doses homeopáticas por quem não sabe se doar (como eu). O que se quer é perene. O que se deseja não está numa mesa de apostas da sedução.
Só quero a mansidão de um riacho. Não me cabem mais cachoeiras e corredeiras, mesmo que sejam belas...

sábado, 15 de março de 2008

O Inusitado


Sempre gostei de acontecimentos inusitados. Aliás, não só gosto como acabo cavando as situações, sentimentos inusitados para mim. Chorar quando é para rir ou urrar (de prazerou dor), rir quando estou desmoronando de tristeza...


Mas ele, ele superou todas as expectativas que eu poderia ter. Se idealizei? Não, não me dou mais a este luxo. E que bom que tudo foi fora do comum, diferente de qualquer coisa que eu podesse desejar neste momento. Ou será que foi apenas o que mais desejo?


É como escrevi da última vez. Não é apenas pelo o outro ou com ele, é essencialemnte pelo que o desejo ser/ter. Não vou mais sair de casa para entorpecer o outro, para me desconsiderar na interação. Só saio por fome ou sede... de beijos, de conhecimento, de empatia, de amor. E fome e sede é só o que tenho neste momento do existir.


Queria ter.

Quero ter.

Mas isso é uma outra estória, para uma outra noite ou madrugada.


sexta-feira, 14 de março de 2008

Amar é sede depois de se ter bem bebido¹


Ela me contou assim:


Estava pronta, realmente pronta e desejosa por algo - melhor seria, por alguem - capaz de lhe tirar dou automático, da vida monocromática, morna e entediante. Para isso, abriu definitivamente as portas do guarda-roupa, despensa e coração.

As horas, agora, tinham contornos de passos e avanços no espaço que tempoarariamente lhes separavam. Naquela noite em que tudo aconteceu de modo inesperado, é bem verdade, ela havia percebido seu coração bater novamente. Justo ele que parecia nem mais existir. O coração parecia palpitar no estômago, fazia-a gelar por dentro. Naquela noite, sem saber, ele recebera o coração dela.

Na verdade, seu coração não estava mais em seu peito, mas sim nas pontas dos dedos. Elas, já calejadas, um dia tocaram suas lágrimas, já haviam tentado abrir portas, alcaçar possibiidades, mas só obtiveram pedidos de espera. Espere... Agora, pode ser?


Há algusn dias, suas músicas entoavam esperança, contentamento, promessa de apaziguamento. Novos caminhos ela merecia. Nova luz no olhar. Agora ela diria ao amigo que não estava buscando isoalamento, não mais, pois agora o que ela desejava era apenas SENTIR-se novamente.


E me perguntou:

Você sabe qual o melhor dia para um encontro?
Não sabendo responde-la, escutei:
O dia em que ele vier me ver.


Sorri feliz, por sua felicdade. Sorri de contentamento por perceber que depois de algumas falsas tentativas de voltar a viver, ela decidiu com fervor que agora era sua hora. Não exclusivamente pelo outro, mas essencialmente por ela. Felicidade a caminho, a disse.


Olhar-se no espelho, ela reconheceu, foi uma forma de se amar um pouco mais, foi mirar-se com a certeza de poder aprisionair e ser vista com nitidez pelo olhar Dele. Este olhar ela recriara a cada sonho acorddo, que lhe separava de sua rotina de Tempos Modernos.


Parece que vão se permitir conhecer o compasso das respirações, o tom dos olhos e mãos. Essa, que é uma estória em construção, poderá ter diversos fins. Mas, para quer falar de fim se ainda não se tem um começo?



Letrinha do dia: "eu que não sei quase nada do mar, descobrir que não sei, nada de mim. Clara, noite rara, nos levando além da arrebentação. Já não tenho medo, de sabermos como somos na escuridão"


¹ citação que precede a música "pensar na pessoa que se ama" por Maria Bethania. Cd: Pirata

quarta-feira, 5 de março de 2008

Desafiando o desafio

A amiga mais ultravioleta que tenho resolveu me iniciar [ela novamente..] neste universo dos desafios blogueiros. Eu e minha tendência reveladora resolvemos brincar. E assim ficou meu desafio de responder ao desafio dela.


Se eu fosse um mês seria... Qualquer um entre Outubro e Dezembro. Os menos quentes por aqui

Se eu fosse um dia da semana seria... Sábado. Especialmente pela manhã, quando as promessas de um bom fim de semana ainda estão intensas em mim.

Se eu fosse um número seria... 2. Quando somos melhores do que sozinhos

Se eu fosse um planeta seria... O meu

Se eu fosse uma direção seria... Sul. Para poder amar mais o norte

Se eu fosse um móvel seria... Um aparelho de som. A música é minha melhor companhia

Se eu fosse um liquido seria... Água. Para exercitar a transformação

Se eu fosse um pecado seria... Preguiça. Que venha o ócio criativo

Se eu fosse uma pedra seria... Quartzo Rosa. Em homenagem ao meu primeiro cristal

Se eu fosse um metal seria... Ouro. É gostar demais de ser valorizada...

Se eu fosse uma árvore seria... Magueira. Do corredor verde e centenário da Presidente Vargas (Belém-Pa)

Se eu fosse uma fruta seria... Maracujá. Doce e Azedo. E não venha me dizer que é por conta da minha idadde.. rs

Se eu fosse uma flor seria... Não estou certa se gostaria de ser uma

Se eu fosse um clima seria... Frio. Deve haver vida melhor do que morar numa estufa, embora se ame esta estufa.

Se eu fosse um instrumento musical seria... Violão. Dar calos no dedo de alguem seria uma ótima pedida para estes dias

Se eu fosse um elemento seria... Ar. Por menos que pareça, permanencia em algum lugar ou em alguem não é - infelizmente? - meu forte.

Se eu fosse uma cor seria... Vermelho. Complementado o que disse acima, minha incostância é intensa.

Se eu fosse um animal seria... Centauro. Eu sei as dores e delícias de já o sé-lo

Se eu fosse um som seria... Da voz de agora do Victor

Se eu fosse uma letra de música seria... Díficil. Com certeza, dentre muitas, Grande Amor- Chico Buarque. Não, nao sou tão amarga assim... rs

Se eu fosse uma canção seria..."Se há alguem no ar, responda se eu chamar.Alguem gritou meu nome ou eu quis escutar?"

Se eu fosse um estilo de musica seria... MPB e Nova MPB. E se gosta de falar das dores, amores sensações. Sem muito esforço, sem muito desgaste (coisa de que é o pecado da preguiça).

Se eu fosse um perfume seria... Humor 2
Se eu fosse um sentimento seria...A tal da felicidade. Desejá-la e persegui-lá, sempre!

Se eu fosse um livro seria… Ele ainda não foi lido.

Se eu fosse uma comida seria… Maniçoba ou yakissoba. O bom é misturar e recriar, seja no Japão ou numa tribo indígina da Amazônia.

Se eu fosse um lugar (cidade ) seria ... Belém. Com clima de montanha, pode?

Se eu fosse um gosto seria... agridoce. Nem só doce, nem só salgado. Nem só santa, nem só puta.

Se eu fosse um cheiro seria…Um perfume com notas amadeiradas

Se eu fosse uma palavra seria…Insatisfação. Sem isso não posso sonhar, me melhorar.

Se eu fosse um verbo seria… Desejar

Se eu fosse um objeto seria… Um computador. Sem ele, nem estaria aqui

Se eu fosse uma roupa seria… Meu vestido preto, companheiro de momentos inesquecíveis.

Se eu fosse uma parte do corpo seria… Cebelos. Dizem muito de seu dono

Se eu fosse uma expressão seria… Sorriso

Se eu fosse um desenho animado seria… hahaha. Se, nada, eu sou! A Mônica é claro.

Se eu fosse um filme seria… Cinema Paradiso

Se eu fosse um forma seria… Círculo. início e fim para o quê??

Se eu fosse uma estação seria… Inverno

Se eu fosse uma frase seria… Não ando cabendo em frase que não sejam as minhas

Desafio - acho eu - respondido e a caminho de outros blogueiros.

Convido os Caros visitantes abaixo a brincar de se revelarem..



http://sobrenadaemparticular.blogspot.com/ (Onde sou comentarista nº1)




http://persona-feminina.blogspot.com/ (Persona Feminina. A noiva do ano)



http://elacorderosa.blogspot.com/ (A imã da Noiva do ano)



http://arquivosdacaxola.blogspot.com/ (A moça que roubou minha ilustração. Que ficou linda no blog dela)



http://fingidouro.blogspot.com/ (Estou curiosa para ver o resultado desta brincadeira pelas linhas do Lamar. Querido escritor)





Bom, é isso. Depois passo em seus respectivos mundos para ver como ficaram suas revelações.


Abraços a todos!!!!!