Eu sempre tenho a a sensação de que não consigo transmitir às pessoas o quanto elas me são importantes. Pais, irmão, amigos e amores. Há sempre a sensação de que eu perdir o tempo exata do "eu te amo" e suas variações...
Sou do tipo de pessoa que esqueço o aniversário dos melhores amigos, furo com a unica irmã, falto às confraternizações, esqueço de fazer fotos das datas especiais na vida do meu filho.
Dizendo assim, tenho que me dar por feliz em ainda ter pessoas ao meu lado. Acho que eu não me aguentaria como amiga, irmã ou mãe. Mas, como diz um querido, " no fundo, bem lá no fundo e no canto eu sou uma pessoa legal". talvez a minha desatenção, insensibilidade ou medo de contato físico é que não sejam.
Mas ontem dei dois abraços. E eles foram sinceros, como se eu desejasse guardar um pouco do outro dentro de mim. Lá estavamos as tres novamente. Cheias de assuntos, risos e histórias para dividir. Algumas novas, outras de um passado distante. Agora, havia também uma mini-M correndo de um lado para o outro, desconsiderando que o usual é comer no prato e não no encosto da cadeirinha de refeição.
Precisamos de mais tempo, espaço principalmente, para realizar a nossa catarse coletiva. Privacidade, para a Michele relaxar, se emocionar, se escutar. (Quem sabe ela não me contagia com suas certezas). Descompromisso para a Mazane me ensinar um pouco mais sobre livros, musicas e uma forma mais desacelerada e congruente de se viver. Fugir da rotina e encontrar os amigos é sempre revigorante. Me deixa sempre a pergunta: porque não saio da minha "zona de preguiça" e faço isso mais vezes
Amo essas meninas (da minha forma torta e cheia de falhas, infelizmente). Não vejo a hora de fazermos nossas tatuagens e deixar na pele a lembrança da amizade que já tem registro indelevel no coração.
E eu as a ouvi cantar: "Eu hoje tive um pesadelo e acordei atento, a tempo... eu acordei com medo e procurei no escuro alguem com seu carinho e lembrei de um tempo... porque o passado me traz uma lembrança do tempo que eu era criança..."
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