domingo, 25 de novembro de 2007

Cinderela às avessas do avesso.

Em minha fase heroesniana, eis que me assolou as idéias a pergunta: qual poder eu desejaria ter? Bom, desejar, desejar mesmo eu desejo no Heroes o mocinho pra lá de politicamente correto e apaixonado, mr. Peter Petrelli, por tudo o que ele consegue atingir em meu imaginário [com se fosse só ao meu....rs].
Devo confessar que sempre tive uma tendência a me deslumbrar com os bons moços desalinhados e inadivertidamente charmosos. Sempre me apaixonei mais pela atitude de um belo homem feio do que pela unaminidade estética dos homens bem acabados. E se tudo isso vier num pacote bem melanizado ou de contraste forte com cabelos escuros, ai é só perdição aos meus delirantes sentidos. Fato é que padronizações nunca me seduzem.

Ocorre-me agora que talvez seja justamente a falta de bons moços um tanto blassés que esteja determinado esse meu desinteresse momentâneo às reais possibilidades - ou a negação delas - de drenar algumas tensões. Agora vejo que, de certa forma, a proximidade que deveria ter sido evitada, aplacou algumas emergenciais necessidades ao passo que reforçou incisivamente o que não quero para mim.

E o tempo tem andado, aliás, corrido rápido demais para mim. Um dia eu estava aqui, destilando e degustando minha abstinência de uma outra dorga, rindo por ter percebido vastas possibilidades de viver só mas não solitária, calmamente mas não cristalizada, e agora? Agora estou novamente aproveitando minha casa dentro do meu lar - meur quarto. No entanto, faço isso como quem mata o trabalho para vadiar e purga-se de remorços. Ganho espaço no meu reino porque meu Príncipe foi passear noutro que também herdou. Culpa, danada culpa. Lembro das palavras da minha amiga ligeiramente grávida: "Só tu para sentir mais culpapor tudo do que eu"

Já aprendi que o tempo não parará para eu me refazer do que quer que seja, mesmo que seja para a assimilação contínua de uma nova forma de viver por alguém. A maternidade não é uma roupa que eu possa decidir quando quero usar nem tampouco posso me permitir cansar dela. Isso também aprendi.

É, deve ser meu eterno complexo de Cinderela. Mesmo com um texto tão entrecortado por temas aparentemente distintos, no final, só escrevo sobre os papéis masculinos e suas idealizações em minha vida. Assim, meu objeto de desejo cinematográfico, os sapos que amei e meu pequeno herdeiro só denunciam o quanto amo os homens e que é através desse sentimento que me defino.

Amo o poder masculino, quando não pretende dominar.

Letrinha do dia: "O meu amor tem um jeito manso que é só seu. De me deixar maluca quando me roça a nunca e quase me machuca com a barba mal feita, de pousar as coxa entre as minhas coxas quando se deita ...Eu sou sua menina, viu? Ele é o meu rapaz. Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz.

3 comentários:

Rafael de Oliveira disse...

Está ai a Resposta..... vc não é desse mundo é dos contos de fadas... sua cinderela rsrsr(ao contrário) penso qurealmente a vida é chata sem graça e sem sentido massssss... certamente se não tivessemos os objetos de desejo para cobiçarmos ou as sonhos de irmos para "lugares argentinos gelados" para serem almejados a vida não teria graça... penso que sonhar é parte fundamental na vida... sem sonhos e "almejos" somos criaturas mortas e obsoletas vagando num lugar sem graça e frio... então minha amiga vamos voltar a pensar como o seu "herdeiro" que TEM CERTEZA!!!! que o Batman ainda pode acabar com os problemas do mundo!!!!
um beijo do seu amigo virtual....Rafael

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Ai menina, nem me fala destas barbas mal feitas...


Mas realmente Cinderela, para que ser tao prolixa, tantos rodeios quando no final sabemos (eu, vc e todas as mulheres do mundo)o que realmente importa para a gente?

Ai essa sociedade patriarcal e esses contos de fada que leram para nos mulheres desde que a gente tava no berco! Quanta lavagem cerebral. No final das contas, temos que aceitar, toda mulher quer um homem para chamar de seu, mesmo com todas as passeatas e discursos femininos de igualdade entre sexos.


Bjs.