segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Muito mais

Não que eu tenha feito minha natural ansiedade desaparecer. Ou que tenha me despedido da mania de apressar tudo (da rotação da terra a escovação do Victor). Mas, inusitadamente, senti que menos pode ser muito, muito mais.
Agora que ele se foi. Agora, quando aos poucos vou reconquistando meu quarto, deixei de lamentar a falta de privacidade. Os filmes que não vimos. O doritos que não devorei com ele. No fundo, porque sei que estamos em processo de expansão, fincando nossos mourões. Um aqui, outro lá. Ao ponto de sobrevivermos longe do nosso quarto de hotel e entender que, ainda que queiramos o contrário, nossas roupas não são dispensáveis.
E fui descobrindo que em um olhor cabe muitos gozos e num gozo, duas almas.
Sem dúvida, estes são novos tempos. Novas sentimentalidades.
Dos exageros do passado, o único que ainda faz algum sentido é o de sonhar com uma vida melhor. Listas coladas num relicário mental sempre me invadem o dia.
Em todas, quero meu companheiro manso e bonzinho comigo. No doce, e principalmente no salgado. Por que ele me equilibra e faz surgir o meu melhor.
ETA
MLJ


2 comentários:

Karla Dias disse...

Meu deus..que coisa interessante.
Saudades de você.
Beijos

João Gilberto Saraiva disse...

Novos tempos sempre, porque mesmo que não se queira, os relógios sempre correm para o amanhã.