sábado, 5 de abril de 2008

Do que me proporcionei

-Sabe o que o dinheiro pode comprar ?
Sorrisos, piadas, falas desgovernadas que não dizem nada. Beijos, pegada e pseudo-tesão.
Mentiras sinceras, meias-verdades e vulnerabilidade.
Carinho, língua, mordidas. Besteiras, tédio e sono perdido.

Meu mundo por seu silêncio. Meu ar por suas mãos. Meu tesão por sua ereção.



Muito dito. Muito gargalhado. E continuamos na superficialidade. O que eu quero?
Bom, isso é tão complexo e ao mesmo tempo simples de responder, mas ainda não descarto ser o desejo de ter alguém - aparentemente sempre disponível - para, vez por outra, beber, tagarelar e ainda beijar (comer também deve estar nesta lista de meu quase-livro de cabeceira).
De certo, não podemos mudar. Não podemos me dar. E onde se para assim?
Quem sabe, numa sala de atendimento, desafiando a ordem e os bons costumes, em prol de nosso prazer. Não posso perder de vista a possibilidade de descapitalização. De demissão.

Até quando brincar é só brincar?
Até quando se pode sair ileso?
Até quando a brevidade me seduzirá?
Até quando - e por que - continuarei querendo?




Eu que só queria ter com o que me destrair nas madrugadas escuras, silencioasas e tão reveladoras de mim, ontem me recusei a ofertar a você, mais alguns instantes do meu pensar. Quem sabe assim, minha integridade possa ser preservada. Se ela ainda existir.




2 comentários:

Gilberto Porcidonio (Puppet) disse...

"Meu tesão por sua ereção" UI!


Um texto excitante, em todos os sentidos. Ótimo!
Beijos!

Unknown disse...

Uhmm muita energia libidinal neste texto ainda guardada, esperando...

Tem desafio para vc no meu blog.

Bjs.