terça-feira, 6 de abril de 2010

Na bagagem

Vou desejando parar com os vícios. Largar os cigarros. Abandonar os gasosos. Dormir mais. Não buscar ligações perdidas no aparelho...

Praticar esportes. Diminuir o sal. Sanar as pendências. Voltar à igreja. Quero um novo eu resgatado do passado...

Respirar mansidão. Ser mansidão. Esperar com largo e tranquilo sorriso a exata medida da inquietação, quando não mais dolorosa ela seja sobre mim...

Rompi com o medo do silêncio, mas os olhares ainda me são dificéis de sustentar. O que cala revela. E os olhos podem não enxergar, embora sejam janelas abertas com vista para a admiração...

A mala que se fecha aqui, se abrirá com novas histórias no ponto de lá da viagem, que é a chegada.



Para meu companheiro de viagens, 
Márcio.

3 comentários:

Márcio Ahimsa disse...

Puxa Mônica, eis que aqui sinto uma pontinha de inveja dessa poesia tua. Puxa, ficou tão linda, uma pintura emoldurada pela placidez encantada dos olhos de quem lê.


Reverência.

Mazane disse...

Que texto maravilhoso!!!!
Eu quero também um monte de mudanças e com direito a enumerá-las em meio a uma linda poesia!!!!

Mazane disse...

Ah e também quero pernas e mala do jeitinho dessa foto!!!!