domingo, 11 de novembro de 2007

Solidão em companhia...

Como um dia cantou titia Rita, ando meio desligada. Os motivos que me desligam desse mundo bandido não sei o certo. Melhor seria elencar vários deles, que se intrelaçam, somando forças e me atingido certeiramente no peito e na mente. Dinheiro curto, falta de amor, falta de sexo, afastamento do bando...


Venho fazendo um grande exercício de paciência. Estou me enamorando de mim. Quero me reconsquistar, me cortejar, e olha que sou difícil.... E muitas vezes nesse afã do jogo da conquista, acabo por descartar todo o mais que me cerca. A todos - ou a maioria - já descartei a muito.


No caminho do meu auto-empoderamento retornei a dita terapia, agora, de grupo. Cheguei lá com a garganta abarrotada de falas, de e masturbações mentais desses tempos de isolamento. Eis que encotro um grupo, apático, no adolescer da vida e tão distante de me oferecer o que mais anseio, a ressonância. Era eu ali, a pobre psicóloga-paciente tão superior a todos, tão mais inteligente, tão mais interessante em suas divagações. E foi um lindo e belo soco no estômago a forma como aquelas palavras e dúvidas proferidas pelas novas "companheiras" reverberaram em mim depois que sai da sala-útero. Nem sempre se pode ignorar a opinião alheia nesse meu novo mundinho paralelo e bem particular. Antes daquela tarde, eu acreditava que a única importância do momento era meu intenso questionamento quanta a possibilidade de seguir adiante depois da separação, depois de ter perdido alguns muitos sonhos, de ter deixado aberta novas - e outras eternas - feridas. Ledo engano, meus Caros. Tanta coisa anda desarrumada por aqui e eu nem havia me dando conta. A esfera profisisonal também foi abalada pelas mudanças que me assolam. E eu ia reclamar dela, mas lembrei que há 12 mese minha vida estava ainda mais atada, devassada pela desesperança. Que bom que tenho subido alguns morrinhos e já posso ver algumas pedreiras que superei, pedreirinhas é verdade, mas superadas.


A caminho de casa, renovei meus votos de ser uma dedicada profissional, de buscar o novo , estudar mais, agradecer pelas mini-vitórias e blablablá...


É assim, solidão para solitário dá muito pano pra manga, dá muito espaço para renovação... para pesares... mas para achados preciosos também. Cá estou eu, me oportunizando, mesmo que forçosamente, o desaceleramento do viver, a recarga do estar só para depois estar junto. Sou minha melhor companhia ... da estação.




Letrinha do dia: "no mais, estou vivendo normalmente, não vou ficar pensando se tivesse sido o contrário. Estou feliz memso sozinho. Esse silêncio é paz."