terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Um novo começo?

Afastada já há alguns dias desse recanto, não deixei de carregá-lo comigo nenhum dia se quer pelas minhas andanças na cidade, pelas salas e pessoas que passam por mim. Principalmente nas longas distância - e engarrafamento - que percorro até chegar ao trabalho.

Nesses dias de ausência presenciei o homem acuado pelo pelo delito do seu desejo. Vi quase-mulheres se transformando em Mulheres protagonistas na preservação dos seus corpos e sentimentos. Me permitir ser acessada pelo novo, doei minha voz aos ouvidos de um alguém. Me mostrei a tantos olhos. Passei desapercebida por quase todos. Fiquei um pouco mais descapitalizada. Mas rir, não me permitir lamentar pela falta de ação. E no final de tudo, quando eu quase pensei que só tinham se passado mais 7 dias por mim, assumi um novo emprego. Não tão novo assim para mim. Mas valendo o vir a ser.


O novo trabalho. Não sei porquê, mas sempre que novos empregos surgem, me sinto tão desorientada quanto no tempo da escola, lá nos idos dos primeiros dias de aula. Nunca sabia se me sentia excitada pelas novas possibilidades de conhecimento e colegas, ou angustiada por não saber o que me esperava. Minha necessidade pelo (pseudo)controle sempre me dirigiu.


Dessa vez, volto ao lugar onde minha vida iniciou sua grande mudança. Depois de quase 4 anos, volto a sala onde senti minhas primeiras indisposições pela gravidez meteórica. Lugar onde o Passado dizia trampo Nikita na antiga máquina de falar ao meu coração, onde seu desejo de boa tarde garantia que ela fosse um feliz período do dia. Eu lhe abraçaria depois.


Tudo novo, denovo. Muitas coisas por aprender, tantas balizações a fazer. Não posso esquecer de falar menos e ouvir muito, muito mais. Pessoas novas, tantas forças para somar. Esforço também por não me contaminar com os vícios e vieses dessa cultura. Tenho já uma cultura de vícios


A semana tomará novos contornos, horários, intinerários [malhar talvéz, escrever e ler mais com certeza]. Atores, sabores... um novo amor, por favor Destino! Mas sem perceber frases aqui me tomaram como por encanto. É, só pode ser encantamento pelo não-visto. Afaste-se de minha carência, fantasias!


Então fico aqui, com idéias e planos sobrevoando minha lisa e loira- sem pretenção, nunca vazia ou descançada - cabecinha. Observando como as siglas vão dirigindo minha vida profissional e propiciando encontros com seres e realidades plurais, às vezes tãos díspares da minha, noutras tão familiares, que no fundo só me comunicam anseios universais.


Volto de verdade daqui há alguns dias. Para escrever algo mais lúcido, mais agradável que faça de vocês co-observadores de mim. Para odiar, lamentar, rir de mim e comigo também.

A vocês, que não conheço o envolcro, a cor ou a origem. Que acharam minha órbita no mundo virtual, saibam que, especialmente esta semana, lembrei-me de suas francas ressonâncias.


Abraços, sempre!


Letrinha do dia:"Está anoitecendo. Vai acontecer denovo. Eu vou sair, pra me divertir um pouco... A noite é pra se divertir. Vou ser feliz e já volto.."


Tentei. Vou tentar mais. Nada tão ruim. Nada tão bom assim.

3 comentários:

Paulo disse...

Eu também sempre me sinto perdido nessas situações! Boa sorte e espero seus textos!
Beijos

Anônimo disse...

E assim vamos amadurecendo... as vezes de forma agradável outras nem tanto, beijos amiga e boa sorte sempre!!!!

Sentimentalidades-Todas disse...

Paulo:
saudades de seus textos tb!
Obrigado pelo desejo de tudo se acomodar da melhor forma possível por aqui!

Persona querida:
precisamos nos encontrar mais no mundo "real". Preciso sempre tomar café com vc. Aliás, fiz isso semana passada e advinha de quem lembrei???
bjos!