segunda-feira, 21 de junho de 2010

Deixa ser como será

"Deixa ser como será!

Quando a gente se encontrar
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar...
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar.
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar...


Deixa ser como será!

Tudo posto em seu lugar
Então tentar prever serviu pra eu me enganar.
Deixa ser, como será!
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés,
em preto e branco, em hotéis.
Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê"
(Retrato pra Iaiá- Los hermanos)




E você é capaz de acreditar em coisas que não consegue vê. Acredita no que lhe agita o peito ou lhe faz sonhar...
Traz consigo um carregamento de ideias e quereres todos arrumadinhos. Primeiro isso, depois aquilo mais. Não se iluda, nada disso é possível. É do ser as idas e vindas. Figura e fundo. Dinâmico. As motivações que duram um segundo. As certezas efêmeras. A dor... bom, essa dura mais do que se deseja. Ninguém sabe se vai dar certo, se valerá a pena dessa vez (ou alguma vez), se nosso egoísmo declarado não é mais uma defesa rota.
Atam-se os nós. Olhos embaçados. Tudo turvo.
O improvável era o óbvio. Estávamos lá e mesmo assim nunca nos encontramos.
Tentou-se das mais complexas interpretações, mas era só eu, você e cada um de nós.
Simples é decepcionante. Desolador pra quem inventou mirabolantes fórmulas para uma felicidade que não se pode inventar.

6 comentários:

Leonardo Silveira Handa disse...

uau! com um início remetendo ao Los Hermanos, não tem como a inspiração errar. bem bacana.

pois é, preciso responder ao seu colega. de toda a maneira, já agradeço por ter sido interlocutora-blogueira.

boa semana.

abraço.

Franck disse...

Los Hermanos, adoro, suas canções com um quê de nostalgia, de saudade, do que não veio... Então, como vc, só me 'resta saber quem inventou mirabolantes fórmulas para uma felicidade que não se possa inventar'...
Que a semana te traga respostas ( nos traga)... Bjs*

Benjamin disse...

Eu li, re li seu texto muito interessante, cominando com a letra da musica, entendi sua mensagem. No dia-a-dia eu encontro pessoas que não conseguem “ver” as coisas, talvez não saibam avaliar ou mesmo entender o que se passa ao redor.
Eu prefiro quando tudo acontece de uma forma natural, é a eloqüência da simplicidade. Nós, seres humanos é que complicamos. Compreender as pessoas dentro do contexto delas aí entenderemos suas motivações.
Já estou eu com formulas. Rsrsrs.
Abraços.

SexyMachine disse...

Deixa eu bagunçar seu coração?

Bjuxxxx

ALFA Brazilian Miniatures disse...

Oi M., em minha ultima relação, finda neste ano, em um Gap de 4, (e nem te falo sobre antes disso), pois em prova teses que eram sendo constituidas enquanto em minha carne curavam-se as feridas.
Em sintese (porque não cabe estender-se tanto neste momento), antes de tudo a "dor" é atribuída e pelo tempo que nós nela nos depositamos. E tudo depende do ponto de onde se olha para o horizonte. Não somos seres pareados que perdem seus pares. Somos INDIVÍDUOS. Ao mundo aportamos nessa condição e também nessa condição iremos. Nossa vida é e deve ser individual, e não confundir aqui com egoismo e tudo que tenha o prefixo "ego". Como diz a canção do JQ, encontrar alguem é de fato ENCONTRAR. Nossa vida é encontro e não desencontros. (tão pouco chegadas e partidas em tom languido na musica de chico b.). O que pouco é praticado(e talves aí a dor, de Perda) é ser o mais intenso o quanto possível enquanto juntos estamos e esse 'juntos' não quer dizer estar ali, 'BONDERiado' no outro. Minha ultima relação estava a 3 Estados de distancia e garanto que nunca tive uma relação tão intensa, tão verdadeira (nem nos meus 2 casamentos) quanto tive com ela e que tive ainda a 'sorte' de findar com uma p_ amizade. As pessoas em detrimento, aí sim, do egoismo, desprezam momentos, prendem-se a picuinhas e quando o 'outro' (normalmente é a outra, né) se vai, aí fica lastimando a perda e proliferando injúrias sobre o carater daquela. Sente mesmo é o sentimento egoista de haver perdido a oportunidade de tirar mais proveito da carne. (ja perdi a oportunidade de sintese aqui...rsrsrs)
Ah...acredito no que não vejo, não creio em papai noel! pior! creio no ser humano, acredito nele e que a despeito de ene coisas que já vi, vivi, ouvi e senti, não desprezo nenhuma relação. Se as relações humanas são um grande cassino, sou jogador de carteirinha.(no bom sentido, aqui para a palavra jogador).
Nada é previsivel, e coitado de quem assim tenta levar a vida. Alias, Sartre dizia que o que há de mais certo no homem é justamente a imprevisibilidade humana.
Um bj

(quando a 'gente' se encontrar -eu com meu par, voce com o seu...e assim vai...- que seja sob o ceus de um parque, onde prolifera alegria, diversão, inocencia, a malacia ngenua e contida, com sentimentos puros e por isso, irei sem me preocupar e brincarei de te descobrir)

Sentimentalidades-Todas disse...

Júlio:

Já falei que adoro suas "ressonâncias" em forma de livro???
Eu também vou tentando sempre acreditar no ser humanos, nas relações, mas nem sempre isso é tarefa fácil. Mas já me sinto feliz só por ainda continuar....


A intensidade dos vínculos afetivos não se submete a disposição espacial das pessoas, ainda bem, do contrário a p_ (isso significa puta??...rs) amizade não teria como ser favorecida.

Quando eu tiver um par, te convido para passearmos no parque.

bjs